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Homem é preso acusado de tentar matar advogado e policial em Itaguaí

Homem é preso acusado de tentar matar advogado e policial em Itaguaí | Reprodução

A Polícia Civil prendeu, na noite desta segunda-feira (25), um homem acusado de tentar matar um advogado e um policial militar em Itaguaí, na Baixada Fluminense. O ataque, cometido com uma barra de ferro, teria sido motivado por disputa de posse de terrenos.

Segundo a investigação da 50ª DP (Itaguaí), o caso ocorreu em 3 de agosto, na Estrada do Mazomba. O advogado David Ribeiro Silva, 46, diretor financeiro da subseção da OAB de Itaguaí, estava em diligência extrajudicial ao lado de um cliente para verificar um caso de turbação de posse. Ele estava acompanhado do amigo e policial militar Lúcio Márcio da Silva Santos.

De acordo com a polícia, enquanto ambos conversavam no quintal do terreno, Welington Lopes Ferreira, 40, se aproximou e agrediu o advogado com golpes de barra de ferro no rosto. David caiu no chão. Em seguida, o acusado teria ordenado ao filho, um adolescente já identificado, que usasse uma arma de choque (taser) contra a vítima.

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O PM também foi alvo da agressão, mas conseguiu se esquivar, sacar a arma e atirar contra Welington, que se preparava para outro golpe. Para a delegacia, as tentativas de homicídio só não se consumaram por circunstâncias alheias à vontade do agressor.

Homem é preso acusado de tentar matar advogado e policial em Itaguaí | Reprodução

As vítimas já haviam relatado à polícia que Welington tentava obter de forma forçada a posse de terrenos vizinhos. Após a alta hospitalar, a Justiça expediu mandado de prisão preventiva, cumprido no bairro Mazomba.

O acusado vai responder por tentativa de homicídio duplamente qualificado e corrupção de menores. O adolescente envolvido no caso foi encaminhado a procedimento próprio na Vara da Infância e da Juventude.

Reação da OAB

Em nota, a OAB Itaguaí repudiou a agressão sofrida pelo advogado no exercício da profissão e se solidarizou com a vítima. O texto, assinado pelo presidente Joseph Piñeiro, destacou que o episódio constitui grave violação às prerrogativas legais previstas no Estatuto da Advocacia (Lei nº 8.906/94).

“É inaceitável que, em pleno Estado Democrático de Direito, advogados e advogadas ainda sejam vítimas de violência e desrespeito ao exercerem seu múnus público essencial à administração da Justiça. O episódio, além de representar um atentado à integridade física de um profissional da advocacia, constitui grave violação às prerrogativas legais previstas na Lei nº 8.906/94 (Estatuto da Advocacia), que assegura ao advogado o direito de atuar com independência e segurança”, diz o texto assinado pelo presidente Joseph Piñeiro.

A subseção afirmou ainda que seguirá na defesa das prerrogativas da advocacia e tomará todas as medidas cabíveis.

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