Um homem foi preso por suspeita de tentativa de feminicídio em Madureira, Zona Norte do Rio, nesta segunda-feira (14). A vítima, Daiane Neves, sofreu múltiplos golpes de faca enquanto caminhava pela Rua Carvalho de Souza, no último sábado (12). O acusado, identificado como Yuri da Silva Eugênio, de 25 anos, foi localizado em Japeri, na Baixada Fluminense.
Ataque ocorreu em plena rua movimentada
Agentes do 9º BPM (Rocha Miranda) foram chamados por transeuntes após presenciarem a mulher ferida e ensanguentada. Ela apresentava cortes na cabeça, pescoço e braços.
Segundo o registro, a vítima identificou Yuri, seu ex-companheiro, como autor do ataque. O homem teria se aproximado silenciosamente pelas costas e desferido os golpes.
A tentativa de feminicídio em Madureira foi registrada na 29ª DP como perseguição e crime de gênero. A polícia cumpriu mandado de prisão temporária na casa do suspeito, localizada na Rua Carmela Dutra, no bairro Engenheiro Pedreira, em Japeri. Ele foi levado para a delegacia e permanece à disposição da Justiça.
Histórico de violência e desrespeito à medida protetiva
O casal havia rompido o relacionamento há cerca de um ano. Desde então, de acordo com Daiane, Yuri passou a persegui-la, mesmo com uma medida protetiva em vigor. A mulher afirma que o homem apareceu em locais onde ela trabalhava e mantinha vigilância sobre sua rotina.
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Em março de 2024, Yuri foi preso em flagrante por agredir a mulher em casa. Segundo a ocorrência registrada na época, a discussão começou após um pedido para que ele colocasse uma cortina. A reação violenta resultou em agressões físicas, socos e ofensas.
Agressões anteriores incluíram tortura e incêndio
A Polícia Civil informou que a filha da vítima, com 12 anos na época, presenciou uma das agressões. Yuri também é acusado de agredir Daiane com um martelo e de incendiar a residência após o ataque. Ele ficou preso por cerca de oito meses e foi liberado em março deste ano.
A tentativa de feminicídio em Madureira reacendeu discussões sobre reincidência de agressões contra mulheres. O caso segue sendo investigado pela 29ª DP, que busca identificar outras possíveis violações da medida protetiva.