Foto: Divulgação – Prefeitura de Maricá
No cinema ou nas histórias em quadrinhos, heróis costumam salvar vidas usando superpoderes: força, velocidade, visão de calor, entre outros. Na vida real, os heróis costumam cumprir com a mesma missão, sem as mesmas facilidades de seus pares da ficção, mas com um poder que vale por todos somados: o afeto.
No lugar da capa, o jaleco branco. No lugar do cinto de utilidades, o estetoscópio. Em Maricá, quem salvou o dia, no último dia 4 de março, não foi o Super-Homem ou o Batman, mas sim o médico Pedro Henrique Fernandes Josephson Ribeiro.
“Leia mais notícias sobre Maricá aqui”
Moradora da cidade, Tabatha Monica Pereira de Lima precisava de atendimento para ela, para seu filho, Pedro Vinícius, de 12 anos, e para sua filha, Mônica, de 20, sobre de hidrocefalia congênita. Os três foram ao Hospital Municipal Dr. Ernesto Che Guevara, com suspeita de covid-19.
Tabatha ao lado de sua filha, Mônica – Foto: Arquivo Pessoal
Contudo, chegando lá, a mãe foi orientada a buscar atendimento em outra unidade, numa tenda voltada a pacientes com o novo coronavírus.
Os irmãos Mônica e Pedro Vinícius – Foto: Arquivo Pessoal
Ao receber a informação, Tabatha começou a chorar. Foi o momento em que o Dr. Pedro Henrique perceber a situação e acolheu a família.
“Deus colocou um anjo na minha vida que foi o doutor Pedro. Ele abraçou a minha família, os meus filhos. Voltamos para dentro do hospital, fizemos a ficha, ficamos na sala amarela de pediatria. Ele fez todos os exames, toda hora vindo atender a gente, toda hora procurando saber como nós estávamos”, disse Tabatha.
“Leia mais notícias sobre Maricá aqui”
Após o acolhimento prestado pelo médico, a família passou por todos os trâmites necessários para o atendimento. Tabatha também elogiou os demais profissionais que prestaram assistência à família. Tabatha explicou que tanto ela quanto os filhos acabaram testando positivo para a dengue.
“Veio o assistente social, veio o nutricionista. Eu fui muito bem acolhida desde a recepção da emergência até a triagem, mas esse médico, o doutor Pedro, foi de uma empatia, de um coração enorme, sabe? Cuidou de mim, dos meus filhos, principalmente da Mônica, e nós demos positivo para covid e dengue. E ele cuidou muito bem da gente”, acrescentou Tabatha.
Por fim, Tabatha fez questão de enfatizar que o sentimento dela é de gratidão a toda a equipe da unidade de saúde, especialmente em relação ao Dr. Pedro.
O médico Pedro Henrique – Foto: Divulgação/Prefeitura de Maricá
A paciente frisou que gostaria de encontrá-lo novamente para agradecer, pessoalmente, pelo atendimento prestado a ela e aos filhos.
“Não tenho nem palavras para agradecer o que ele fez. Eu agradeço demais. Gostaria de faze ruma grande homenagem a esse profissional porque ele teve uma empatia surreal conosco. Não apenas pela minha filha, que é especial, mas também com meu filho e comigo. Graças a Deus já estamos em alta e nos recuperando”, complementou.
“Meu coração se enche de alegria”, diz médico
“Leia mais notícias sobre Maricá aqui”
A reportagem do FOLHA DO LESTE conversou com o médico, que enfatizou: não há dinheiro que pague o sentimento de dever cumprido. Em relato emocionado, o profissional da saúde explicou como se sente ao fazer a diferença através de seu trabalho. Pedro ainda destacou a contribuição da equipe de emergência, dos maqueiros, do pessoal da limpeza, os fiscais de acesso, da enfermagem e da direção do hospital.
“Não há dinheiro que pague o sentimento de dever cumprido, meu coração enche de alegria ao saber que nosso trabalho está sendo reconhecido e quem sai ganhando nessa história é o paciente”, afirmou o médico.
O profissional recordou da condição de Mônica, filha de Tabatha. Ele afirmou que é de extrema importância avaliar cada situação de forma individualizada. Para o profissional, só quem cuida de alguém especial sabe a dificuldade que é muitas vezes trazer esse paciente para receber os cuidados que merece e o quão importante esse paciente se sentir bem ao buscar ajuda.
“Me recordo, a batalha estava muito emocionada e agradecida, não teria como esquecer. Sou médico de família e comunidade, eu diria que é da minha essência realizar um atendimento acolhedor focado no paciente, sendo o mesmo tratamento que oferecemos a qualquer um que entra na emergência”, concluiu o Dr. Pedro.
