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Hemorio faz segunda bateria de testes após infecções por HIV

Hemorio faz segunda bateria de testes após infecções por HIV

Hemorio faz segunda bateria de testes após infecções por HIV | Edu Kapps/SMS

Após a confirmação de seis infecções por HIV em pacientes transplantados, o Hemorio analisou amostras de 286 doadores de órgãos. Segundo dados preliminares, nenhuma outra amostra testou positivo para o vírus. No entanto, devido à gravidade do caso, o instituto decidiu realizar uma nova bateria de testes. Os laudos definitivos estão previstos para esta segunda-feira (21).

A situação veio à tona no dia 10 de setembro, quando um dos pacientes, apresentando sintomas neurológicos, foi diagnosticado com HIV. Amostras dos órgãos transplantados pelo mesmo doador revelaram mais dois casos positivos. Uma semana depois, o exame de outro receptor também confirmou a infecção, elevando para seis o número de contaminados até o momento.

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O laboratório PCS Saleme, que realizava os exames dos doadores, foi contratado pela Fundação Saúde para o programa de transplantes. Assim que a falha foi descoberta, o serviço foi interrompido, e o laboratório interditado. A partir desse momento, o Hemorio assumiu a responsabilidade pelos testes.

Desde o início das investigações, cinco pessoas foram presas. Walter Vieira, sócio do PCS Saleme, e Ivanilson Fernandes dos Santos, técnico do laboratório, foram detidos na primeira fase da Operação Verum, no dia 14 de outubro. No dia seguinte, Jacqueline Iris Barcellar de Assis, auxiliar administrativa, se entregou na Cidade da Polícia, em Benfica.

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Na quarta-feira (16), Cleber de Oliveira Santos, biólogo, foi preso ao desembarcar no Galeão, vindo de João Pessoa (PB). No domingo (20), Adriana Vargas dos Anjos, coordenadora técnica do laboratório, foi presa em Belford Roxo, suspeita de ordenar a redução da qualidade dos testes de HIV.

As investigações revelaram que o laboratório economizava no controle de qualidade dos testes. Os reagentes, que deveriam ser analisados diariamente, passaram a ser verificados apenas uma vez por semana para reduzir custos e aumentar os lucros. A polícia apurou que laudos falsificados foram entregues aos médicos, induzindo ao erro e resultando na infecção dos pacientes.

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Os envolvidos foram autuados por crimes como associação criminosa, falsidade ideológica, falsificação de documentos e infração sanitária. O Tribunal de Justiça do Rio prorrogou por mais cinco dias a prisão temporária dos quatro funcionários. A decisão foi tomada pela 2ª Vara Criminal de Nova Iguaçu na quinta-feira (17).

Com o avanço das investigações, a Polícia Civil abriu um novo inquérito para apurar irregularidades no processo de contratação do PCS Saleme.

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