A sindicância realizada pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI) sobre os ataques aos prédios dos Três Poderes, ocorridos em Brasília no dia 8 de janeiro, revelou que a falta de comunicação foi um fator preponderante na dificuldade em adotar medidas contra os bolsonaristas radicais. Além disso, a sindicância solicitou a abertura de uma investigação interna envolvendo dois militares.
Iniciada em 31 de janeiro e concluída em 6 de junho, a investigação administrativa interna do GSI apontou que as deficiências no fluxo e na qualidade das informações de inteligência “desempenharam um papel determinante na insuficiência da equipe de segurança presente no Palácio do Planalto”. Segundo o documento, o GSI não foi alertado sobre a magnitude dos atos golpistas, e nenhum comunicado oficial foi enviado, conforme informou o portal “G1”.
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Além disso, a sindicância revelou que o aplicativo Radar, utilizado pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para transmitir informações de inteligência de forma segura, não estava funcional desde o ano anterior. Essa falha na comunicação interna do GSI resultou em uma falta de conhecimento sobre os acontecimentos e um desalinhamento de informações cruciais para prever e lidar com os ataques.
A sindicância do GSI está buscando identificar as falhas no sistema de comunicação, a fim de evitar que episódios semelhantes ocorram no futuro. É fundamental que as informações e alertas sejam compartilhados adequadamente para garantir a eficácia das medidas de segurança e preservar a integridade dos prédios governamentais.