O presidente do Grêmio, Alberto Guerra, não esconde sua indignação com a decisão da CBF de manter os jogos do Campeonato Brasileiro enquanto o Rio Grande do Sul vive as consequências trágicas das enchentes que assolaram o estado nos últimos dias.
“É inaceitável que o futebol continue como se nada estivesse acontecendo,” brada Guerra. “O povo gaúcho está sofrendo, perdendo entes queridos, vendo suas casas serem destruídas, e a CBF ignora essa dor como se não fosse com ela.”
+ LEIA TAMBÉM: ►Botafogo defende pausa no Brasileirão por RS
Com a voz carregada de emoção, Guerra critica a falta de empatia dos dirigentes de outros clubes.
“Eles não têm noção da gravidade da situação,” afirma. “Se estivessem aqui, vendo o que estamos vendo, sentiriam o mesmo nojo que eu sinto.”
►Leia mais notícias sobre Esportes Aqui
O Grêmio, clube histórico e gigante do futebol brasileiro, se recusa a se calar diante da insensibilidade da CBF.
“Não podemos ser cúmplices dessa hipocrisia,” declara Guerra. “O futebol precisa se unir à dor do povo gaúcho e mostrar que não é apenas um show de entretenimento.”
O presidente do Tricolor Gaúcho defende a paralisação do Brasileirão, pelo menos por algumas rodadas, como forma de respeito às vítimas e seus familiares.
“É o mínimo que podemos fazer,” afirma. “Precisamos dar um tempo para que o estado se reerga e para que possamos chorar nossos mortos em paz.”