O Governo do Rio de Janeiro deu um passo decisivo no combate ao crime organizado, solicitando a transferência de 13 líderes de facções criminosas, atualmente detidos em penitenciárias estaduais, para presídios federais. O pedido foi prontamente atendido pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), que concedeu as vagas necessárias.
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Nesta quarta-feira (28), o governo confirmou que o protocolo de transferência foi finalizado, detalhando as ações individuais de cada um dos 13 traficantes. Agora, o processo depende apenas da autorização do Poder Judiciário. Nos próximos dias, uma reunião com o Tribunal de Justiça discutirá os detalhes finais para a transferência dos criminosos.
A decisão de transferir os líderes do Comando Vermelho (CV) para presídios federais foi tomada na segunda-feira da semana passada (19), durante um encontro de representantes das secretarias de Polícia Civil, Polícia Militar e Administração Penitenciária com o secretário de Estado de Segurança Pública, Victor dos Santos. A reunião, realizada no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), no Centro do Rio, também contou com a participação do Ministério Público do Estado do Rio (MPRJ).
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O principal objetivo dessa medida é isolar os líderes das facções, dificultando a comunicação deles com integrantes que permanecem nas ruas, o que poderia minar as operações criminosas e reduzir a violência nas comunidades. A guerra por territórios, que se intensifica em várias regiões do estado, foi um dos principais fatores que motivaram essa decisão.
Na noite anterior à reunião, um ataque a tiros em Vila Isabel, na Zona Norte, resultou na morte de cinco pessoas: Walace de Oliveira Cláudio, de 35 anos; Gabriel Pereira Candido, de 24 anos; Pedro Henrique Pereira dos Santos, de 18 anos; Pedro Henrique Barbosa da Conceição, também de 18 anos; e um adolescente de 17 anos. As investigações indicam que o ataque foi motivado pela disputa territorial entre o Terceiro Comando Puro (TCP) e o Comando Vermelho (CV).
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Entre as vítimas, estava Pedro Henrique da Conceição, conhecido como “Marreco”, suposto chefe do tráfico no Morro dos Macacos, uma área constantemente disputada pelas facções. A comunidade vem sendo cenário de conflitos desde o início do ano, com tentativas de invasões por traficantes do Morro São João, controlado pelo CV.