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Créditos: Agência Brasil
Na última quinta-feira (22), o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) do governo Lula emitiu uma nota oficial abordando as recentes denúncias de exploração infantil e sexual na Ilha de Marajó, situada no estado do Pará. O assunto ganhou destaque após a cantora gospel Aymeê trazer à tona a problemática em um reality show musical.
“O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania reforça a prioridade aos direitos humanos e à voz da população marajoara e, nesse sentido, enfatiza o compromisso em não associar imagens de vulnerabilidade socioeconômica ou do próprio modo de vida das populações do Marajó, em especial crianças e adolescentes, ao contexto de exploração sexual”, diz trecho da nota.
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A cantora que participou de um reality show musical Aymeê expôs a realidade sombria que assola a ilha, mencionando casos de tráfico de órgãos e pedofilia, especialmente entre crianças de famílias carentes.
Aymeê descreveu a situação como “normal” na região e criticou a aparente insensibilidade da população brasileira diante desses casos. Ela também ressaltou a responsabilidade individual e coletiva na defesa dos direitos das crianças, destacando a necessidade de ações concretas tanto por parte do governo quanto da sociedade civil.
Repercursão
A repercussão do relato de Aymeê foi imediata, com diversos artistas e personalidades impulsionando campanhas e manifestações em apoio à causa. Rafa Kalimann, ex-BBB e apresentadora, expressou a importância de dar voz a uma causa tão urgente, enquanto Juliette, também ex-BBB, clamou por justiça e ações por parte das autoridades.
O influenciador digital Eliezer demonstrou choque e indignação diante das revelações, enfatizando a necessidade de conscientização e ação para combater a exploração infantil na Ilha de Marajó.
Entretanto, é importante ressaltar que essa não é a primeira vez que denúncias sobre a situação na ilha são feitas. Em 2020, a então ministra Damares Alves mencionou relatos de mutilação e tráfico de crianças para exploração sexual na região. Contudo, essas acusações não foram acompanhadas de provas, levantando questionamentos sobre sua veracidade e causando controvérsia.
O Ministério Público Federal no Pará solicitou retratação pública e uma indenização de R$ 5 milhões à ministra, considerando suas declarações como propagação de fake news e causadora de danos sociais e morais coletivos à população da Ilha de Marajó.