Foto: AFP
O ex-presidente da Itália, Giorgio Napolitano, faleceu aos 98 anos nesta sexta-feira, 22. Napolitano, líder histórico do Partido Comunista italiano e defensor da construção europeia, foi homenageado por políticos italianos.
A líder do partido de extrema direita Irmãos da Itália, Giorgia Meloni, expressou as condolências do governo à família do ex-presidente. Já o atual chefe de Estado italiano, Sergio Mattarella, destacou o compromisso europeísta de Napolitano, que foi deputado no Parlamento Europeu e lutou por causas sociais, paz e progresso na Itália e na Europa.
O Papa Francisco também enviou um telegrama à viúva de Napolitano, elogiando sua dedicação em proteger a união e a concórdia no país por meio de sua atividade política.
Durante muitos anos, Napolitano foi considerado o garante da estabilidade política na Itália. Ele foi eleito em 2006 e planejava se aposentar após seu primeiro mandato de sete anos, em 2013. No entanto, as eleições legislativas resultaram em um impasse entre os principais partidos, que não conseguiram chegar a um acordo sobre um sucessor. Por isso, Napolitano foi forçado a permanecer no cargo.
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Em seu discurso de posse, Napolitano criticou os líderes políticos por não atenderem às demandas do país. Ele anunciou que não ficaria no cargo por mais sete anos e renunciou em janeiro de 2015.
Durante sua presidência, Napolitano enfrentou períodos conturbados na política italiana, como a renúncia de Romano Prodi em 2008, a chegada de Matteo Renzi em 2014 e as renúncias de Silvio Berlusconi, Mario Monti e Enrico Letta.
Napolitano começou sua vida política como membro dos Grupos Universitários Fascistas, assim como muitos estudantes na época de Mussolini. No entanto, aos 17 anos, ele se juntou a um grupo de resistentes comunistas. Em 1945, Napolitano ingressou no Partido Comunista e foi eleito deputado pela primeira vez em 1953.
