A produção de resíduos sólidos domiciliares no mundo poderá aumentar em 80% até 2050, segundo o relatório Global Waste Management Outlook 2024. O documento alerta para os impactos negativos no clima, na biodiversidade e na saúde humana.
No Brasil, 40% dos resíduos coletados seguem para destinos inadequados, como lixões e aterros controlados, apontando para uma deficiência na gestão de resíduos. A reciclagem de resíduos sólidos urbanos no país é de apenas 3 a 4%, enquanto a média global é de 19%.
O relatório também aponta que cerca de 2,7 bilhões de pessoas no mundo não têm acesso aos serviços básicos de limpeza urbana, e no Brasil uma em cada 11 pessoas não dispõe desse serviço.
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Recomenda-se dissociar o crescimento econômico da geração de resíduos sólidos e adotar novos modelos de design, produção, venda e descarte de materiais.
Além disso, é sugerido implementar sistemas de responsabilidade estendida dos produtores e combater o desperdício de alimentos. O cenário possível de ser implementado envolve alcançar 60% de reciclagem no mundo e reduzir a geração per capita de resíduos sólidos para 600 gramas até 2050, eliminando os destinos inadequados a partir de 2030.