As cerimônias seguirão o protocolo oficial “Ordo Exsequiarum Romani Pontificis” (em português, “Ordem das Exéquias do Pontífice Romano”), que rege os ritos fúnebres de um Pontífice Romano. Desde fevereiro, Francisco apresentava quadro de saúde frágil.
No Brasil, diversas personalidades se manifestaram sobre a morte do Sumo Pontífice. Por exemplo, o Presidente Lula, o governador do Rio, Cláudio Castro e até o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), esporte preferido do Papa.
Cronograma das cerimônias fúnebres
Na quarta-feira (23), às 9h (horário local), o corpo do Papa Francisco será trasladado da Capela da Casa Santa Marta para a Basílica de São Pedro, em Roma.
A procissão será conduzida pelo cardeal Kevin Joseph Farrell, camerlengo da Santa Igreja Romana, passando pela Praça Santa Marta, Arco dos Sinos e entrando na Basílica Vaticana.
Diante do Altar da Confissão, ocorrerá uma Liturgia da Palavra antes do início da visitação pública à urna mortuária, permitindo que fiéis se despeçam do Santo Padre.
Missa solene e sepultamento do Papa Francisco
A Missa das Exéquias terá celebração no sábado (26), às 10h (horário local), (às 5h no horário de Brasília) no átrio da Basílica de São Pedro, presidida pelo cardeal Giovanni Battista Re, decano do Colégio Cardinalício.
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Após a missa, serão realizados os ritos da Última Commendatio e da Valedictio. Em seguida, o corpo será levado para a Basílica de Santa Maria Maior, onde ocorrerá o sepultamento do Papa Francisco.
Após o cumprimento de todas as formalidades fúnebres, terá início o Conclave, com o processo de escolha de Francisco.
Presença de líderes mundiais no funeral do Papa
Até o momento, mais de 30 líderes mundiais confirmaram presença nas cerimônias em homenagem ao Papa Francisco. Entre as presenças mais notórias, destacam-se:
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Donald Trump, presidente dos Estados Unidos
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Luiz Inácio Lula da Silva, presidente do Brasil
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Javier Milei, presidente da Argentina
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Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia
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Giorgia Meloni e Sergio Mattarella, premiê e presidente da Itália
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Príncipe William, representando o rei Charles III
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Keir Starmer, primeiro-ministro do Reino Unido
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Emmanuel Macron, presidente da França
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António Guterres, secretário-geral da ONU
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Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia
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Frank Steinmeier e Olaf Scholz, presidente e chanceler da Alemanha
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Rei Felipe e rainha Letízia, da Espanha
Esses nomes simbolizam não só o peso diplomático, assim como a importância geopolítica que a ausência do Papa Francisco representa na política global. O pontífice marcou seu papado com gestos de humildade, principalmente pelos apelos pela paz mundial. Igualmente, rogou por atenção especial aos mais pobres e marginalizados.
A presença de dezenas de chefes de Estado das Américas, Europa e Oceania revela, sobretudo, a importância do papado de Francisco para o mundo. Além disso, mostra aos cardeais que participarão do Conclave que a escolha do próximo Papa vai além dos rumos da Igreja Católica.
Desse modo, a humildade tão pregada por Francisco se fará mais do que nunca necessária para que não haja retrocesso no processo de reformas iniciado por ele. Por outro lado, caso ocorra o contrário, a instituição corre o risco de, futuramente, ter novamente um Papa que se desculpe por erros e omissões graves. Afinal, o Papa que ora jaz fez inúmeros discursos clamando por perdão à Igreja.