O Fluminense enfrentará o Cruzeiro nesta quinta-feira (3), às 21h30, no Maracanã, pelo Brasileirão, reencontrando Fernando Diniz, seu ex-técnico. Demitido em junho, Diniz ainda divide opiniões entre os torcedores tricolores. O clube, que passou por uma fase difícil sob o comando de Diniz, busca agora a recuperação, tentando escapar de uma campanha que o coloca em risco de rebaixamento.
Coincidentemente, o momento atual do Fluminense sob o comando de Mano Menezes é semelhante ao que marcou a saída de Diniz: quatro derrotas consecutivas, culminando em uma eliminação na Libertadores e o retorno à zona de rebaixamento.
Fernando Diniz, que conduziu o Fluminense a títulos importantes, como a Libertadores e o Carioca em 2023, além da Recopa em 2024, deixou seu nome marcado na história do clube. Ele foi o técnico que permaneceu mais tempo no cargo neste século, com 786 dias à frente da equipe entre abril de 2022 e junho de 2024. No entanto, a sequência de maus resultados, especialmente no Brasileirão, manchou sua trajetória.
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Com apenas uma vitória em 11 jogos, o Fluminense teve um aproveitamento de 18%, marcou 10 gols e sofreu 20, amargando a lanterna do campeonato. Na sua despedida, Diniz emocionou-se em coletiva de imprensa, onde chorou e agradeceu ao clube.
Após a saída de Diniz, Mano Menezes assumiu o comando da equipe e conseguiu quatro vitórias consecutivas, tirando o Fluminense da zona de rebaixamento. Contudo, mesmo com um aproveitamento de 50%, a equipe voltou a flertar com o Z-4. Mano conquistou seis vitórias, três empates e cinco derrotas até o momento.
A mudança de técnico foi uma tentativa da diretoria de trazer um “fato novo” para sacudir o elenco. Apenas um mês após renovar o contrato de Diniz, o clube optou pela troca de treinador. Mano Menezes trouxe uma abordagem diferente, incluindo a contratação de jogadores que deram mais força física e velocidade ao time.
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A chegada de Mano trouxe também mudanças no elenco. Jogadores como Felipe Melo, Marcelo e Keno perderam espaço, enquanto Thiago Silva e Serna assumiram posições importantes na defesa. A equipe passou a atuar com mais velocidade e menos posse de bola, tornando-se mais segura defensivamente. Em 14 jogos, a defesa sofreu apenas nove gols.
No entanto, o ataque continua sendo o grande desafio do time. Com apenas 11 gols marcados, o Fluminense tem o pior desempenho ofensivo do campeonato, mantendo a média de menos de um gol por partida.
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Apesar da melhoria na defesa, o Fluminense de Mano Menezes ainda enfrenta problemas semelhantes aos da era Diniz. Jogadores experientes voltaram a ser escolhidos, como Cano e Keno, que retomaram suas vagas no time titular. Erros individuais, como o de Felipe Melo, que resultou na derrota para o Botafogo, também voltaram a assombrar a equipe.
Outro ponto preocupante são os períodos sem finalizações ao gol, como ocorreu nos jogos contra Atlético-MG e Atlético-GO, em que o time ficou 135 minutos sem criar chances. Esses problemas, aliados à baixa confiança dos jogadores, reforçam a necessidade de ajustes para o restante da temporada.