JEDDAH, Arábia Saudita – Quem visse a forma como o paraguaio Alejandro Dominguez, presidente da Conmebol, festejava a vitória do Fluminense na área VVIP (very very importante person – verdadeira verdadeira pessoa importante) do Estádio King Abdullah Sport City, em Jeddah, pensaria que o torcedor do Olimpia do Paraguai assumira, definitivamente, o verde, grená e branco como suas cores preferidas.
O sorriso do paraguaio, o bater o punho cerrado no coração e socar o ar quando os tricolores o viam indicavam alguém que, sim, estava vibrando com a vitória de um time não apenas do seu continente, mas que mexia com suas emoções. Um time que desafiando as mais improváveis estatísticas chegava à final daquele que parecer ser a última Copa do Mundo de Clubes reunindo apenas os campeões continentais e um time do país sede.
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Muitas explicações podem ser ditas sobre essa reação. Desde o temor que talvez, mais uma vez, o representante da América do Sul ficasse de fora da final (tem acontecido com tanta frequência que em 2024 só o campeão da Europa já terá lugar fixo – e na decisão); até o fato de que os africanos do Al Ahly estavam tirando onda e provocando dizendo que o Fluminense (por consequência a América do Sul) não merecia respeito. Erraram.
Dominguez sorria ao bater no próprio peito e ao cutucar o presidente da Fifa para mostrar a festa que era feita pelos tricolores que estavam no estádio. Parecia feliz com o fato de dirigir uma entidade que, mais uma vez, mostrava ser capaz de resgatar sua história gloriosa. Não custa lembrar que a Argentina ganhou a Copa de 2022 no Qatar justamente contra um europeu. Será que a América do Sul bisará a conquista, agora com um clube brasileiro?
