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Fiz tatuagem e me arrependi, e agora?

Imagem: Divulgação

Tatuagens são expressões artísticas permanentes na pele, feitas através da aplicação subcutânea de pigmentos por agulhas.

Essa forma de modificação corporal exige cuidados na escolha do desenho e do profissional, pois, caso haja arrependimento, a remoção, com técnicas como o laser, pode ser complexa e variar de acordo com fatores como cor e profundidade da tatuagem, bem como o tipo de pele do indivíduo.

Para esclarecer nossas dúvidas sobre esse assunto, convidamos o Dr. Marcus Vinícius Jardini Barbosa, Mestre e Doutor em cirurgia plástica.

Obrigada por ter aceitado o convite e agora é com você!

Dr. Marcus Vinícius Jardini Barbosa, Cirurgião Plástico. Mestre e Doutor em Cirurgia Plástica pela Universidade Federal de São Paulo.  Imagem: Divulgação.

Professor de medicina explica como ocorre o procedimento e possíveis riscos.

Tatuagens representam uma das maiores formas culturais de modificação do corpo. Trata-se de uma arte permanente feita na pele que, tecnicamente, consiste em uma aplicação subcutânea obtida através da introdução de pigmentos por agulhas.

Por ser algo definitivo, é necessário pensar bem, escolher bons profissionais e decidir com atenção o que será tatuado.  Em casos de arrependimento, muitas pessoas cobrem suas tatuagens com outras tatuagens ou recorrem à remoção da arte.

Segundo o professor do curso de Medicina da Universidade de Franca – UNIFRAN, Dr. Marcus, a técnica mais moderna de remoção é com o uso do laser, sendo que há especificidades diferentes para cada cor das mesmas.

O laser emite feixes ultrarrápidos e de alta intensidade, permitindo o ataque seletivo aos pigmentos em excesso sem gerar calor, preservando a pele ao redor da tatuagem

O docente explica que a remoção deverá sempre ser realizada por um médico especialista nas áreas de cirurgia plástica ou dermatologia, com prática em laser terapia e que a quantidade de sessões varia para cada paciente, pois dependerá principalmente das cores e do tempo da tatuagem.

 Nas tatuagens monocromáticas com pigmento negro, após a primeira aplicação, os resultados já são bastante visíveis. Já as tatuagens coloridas são as mais complexas e, portanto, necessitam de mais sessões para a remoção. Em média cerca de seis sessões.

Também é importante destacar os riscos que o procedimento contém.

A tatuagem é um processo permanente e sua remoção dependerá de vários fatores, principalmente da cor e do nível de profundidade na qual o pigmento foi aplicado e do tipo de pele do paciente. Para que a tatuagem permaneça, os pigmentos são aplicados na segunda camada da pele, denominada derme (abaixo da epiderme).

A derme apresenta duas camadas, uma superficial e uma profunda. Assim, quanto mais profunda e mais colorida a tatuagem, mais difícil será a remoção.

Pacientes com tons de pele mais escura, apresentam maior possibilidade de complicações como hiperpigmentação e distúrbios cicatriciais, como cicatriz hipertrófica (semelhante a queloide).

 Além disso, a dor do laser é bem maior que a das agulhas e em geral, há um edema (inchaço) e hiperemia (vermelhidão) após o procedimento que regride em algumas horas e não limitam as atividades dos pacientes.

O médico finaliza dizendo que o sucesso do procedimento depende muito das cores aplicadas e da profundidade da tatuagem.

“Por exemplo, tatuagens amadoras tendem a ter melhor resposta ao procedimento, quando comparadas a tatuagens profissionais, pelo fato de nas tatuagens amadoras, a aplicação do pigmento ser mais superficial.

Assim, podemos ter uma estimativa do “quanto a tatuagem vai sair”, podendo de fato permanecer alguns resquícios nas partes em que o pigmento foi mais profundo.”

Obrigada pela participação!

E por favor, pessoal, ouçam o Dr. e nada de agir por impulso por aí tatuando o nome do Crush no corpo não hein.

Sejam emocionados. Mas nem tanto. (ou não).

Até a próxima pessoal, beijo e tchaau!

Sobre o Dr. Marcus Vinícius Jardini Barbosa: Cirurgião Plástico. Mestre e Doutor em Cirurgia Plástica pela Universidade Federal de São Paulo. Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e do Colégio Brasileiro de Cirurgiões. Fellow do American College of Surgeons. Professor Titular do Curso de Medicina da Universidade de Franca (UNIFRAN) e Coordenador do Laboratório Morfofuncional e de Práticas Integradas da UNIFRAN.

Imagens: Canva

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