A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) anunciou a retomada das atividades presenciais no Campus Manguinhos, na Zona Norte do Rio de Janeiro, nesta sexta-feira (10).
A decisão foi tomada após a instituição ter adotado o expediente remoto na quinta-feira (9), como medida de segurança, devido a um tiroteio ocorrido na região na quarta-feira (8), durante uma operação da Polícia Civil.
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Enquanto as atividades foram retomadas em Manguinhos, no Campus Maré, a orientação foi para que os funcionários permanecessem em casa. Aqueles que já estavam no local foram instruídos a retornar e seguir com o trabalho remoto.
A mudança de protocolo aconteceu no contexto de uma operação policial na manhã de sexta-feira, visando localizar envolvidos em roubos de cargas e veículos no Complexo da Maré.
Funcionária atingida durante operação policial
Durante a operação policial de quarta-feira, um disparo atingiu uma janela no prédio da Fiocruz, e estilhaços de vidro atingiram uma funcionária. A instituição informou que, embora ela tenha sido atendida devido aos ferimentos, a profissional passa bem.
Em nota, a Fiocruz relatou que, durante o tiroteio entre policiais e criminosos, trabalhadores precisaram se agachar ou se deitar sob suas mesas para se proteger. Visitantes do Museu da Vida Fiocruz, que teve as visitações suspensas na quinta-feira, também precisaram se resguardar durante o confronto.
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Além disso, os atendimentos do Centro de Saúde Escola Germano Sinval Faria (Ensp/Fiocruz) precisaram ser interrompidos devido à operação policial. A Fiocruz afirmou que a ação da Polícia Civil foi realizada sem a devida comunicação com a instituição, o que colocou em risco a segurança de trabalhadores e alunos.
Impacto na produção de vacinas
Em relação à produção de vacinas, a Fiocruz comunicou que a medida de trabalho remoto causou um impacto pontual nas operações. No entanto, a instituição garantiu que a distribuição de vacinas não foi comprometida. A produção e entrega dos imunizantes seguem sem grandes alterações.
Ação policial e confrontos em Manguinhos e Maré
A operação da Polícia Civil, parte da Operação Torniquete, teve como objetivo combater roubos e receptação de cargas, enfraquecendo o Comando Vermelho (CV), que controla a região.
A ação ocorreu em áreas como as favelas do Mandela 1 e 2, Varginha, além da Rua Leopoldo Bulhões. Segundo a Polícia Civil, os agentes foram recebidos a tiros, resultando em confronto armado. Barricadas foram incendiadas por criminosos para dificultar a ação policial.
Três mortos e apreensões durante operação policial
Durante a operação, três suspeitos foram mortos, sendo um dos gerentes do tráfico da comunidade do Mandela. Outros dois criminosos se afogaram no Canal do Cunha enquanto tentavam fugir, e um terceiro foi preso.
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A polícia também apreendeu diversos materiais, incluindo dois fuzis, duas pistolas, grandes quantidades de drogas, como lança-perfume, cocaína, crack, maconha e skunk.
Uso de drones na fiscalização de criminosos
Durante a operação, a Polícia Civil utilizou drones para monitorar a movimentação de criminosos nas proximidades da Fiocruz. O equipamento flagrou um grupo de criminosos que estava fugindo após confrontos com os policiais. A utilização de drones faz parte de uma estratégia para aumentar a eficácia das operações de combate ao tráfico de drogas e outras atividades criminosas.