Filhos de Bolsonaro criticam escolta policial durante procedimento médico

Filhos de Bolsonaro criticam escolta policial durante procedimento médico | Tânia Rêgo/Agência Brasil
Os filhos de Bolsonaro criticam escolta policial usada neste domingo (14) para levar o ex-presidente ao Hospital DF Star, em Brasília. A Polícia Federal organizou comboio com mais de 20 agentes fortemente armados, autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF. Foi a primeira vez que Bolsonaro deixou a prisão domiciliar após ser condenado a 27 anos e 3 meses por tentativa de golpe de Estado.
O ex-mandatário passou por procedimento dermatológico para retirada de um nevo melanocítico no tronco. O material será encaminhado para biópsia. Ele estava acompanhado dos filhos Carlos e Jair Renan, que reagiram com indignação ao forte aparato de segurança.
Carlos Bolsonaro usou o X (antigo Twitter) para chamar a operação de “maior circo armado da história do Brasil”. Ele afirmou que o pai foi exposto a humilhações desnecessárias e comparou a vigilância a um “método de abate”. Jair Renan reforçou o discurso e classificou o esquema como “suprema perseguição”, alegando que o caso representa “a maior injustiça política da história do país”.
No fim de agosto, Alexandre de Moraes havia reforçado a segurança do ex-presidente após avaliação da Seape-DF apontar pontos cegos na residência em Brasília.
Condenação no STF
A Primeira Turma do Supremo condenou Bolsonaro e outros aliados por tentativa de golpe de Estado. O julgamento marcou a primeira vez que um ex-presidente brasileiro recebeu pena por crime dessa natureza. Entre os condenados estão generais, ex-ministros e ex-comandantes militares.
Além dele, militares e ex-ministros também foram sentenciados:
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Walter Braga Netto – 26 anos
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Anderson Torres – 24 anos
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Almir Garnier – 24 anos
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Augusto Heleno – 21 anos
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Paulo Sérgio Nogueira – 19 anos
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Alexandre Ramagem – 16 anos
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Mauro Cid – 2 anos em regime aberto, com redução por delação
A maioria da Primeira Turma do STF seguiu o voto do relator Alexandre de Moraes. O único ministro divergente foi Luiz Fux, que alegou falta de provas suficientes para caracterizar tentativa de golpe.
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