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Fevereiro pode registrar altas temperaturas globais e bater recordes

Créditos: Agência Brasil

O mês de fevereiro, que ainda tem dez dias pela frente, está se encaminhando para entrar para a história como um dos mais quentes já registrados, impulsionado pelo avanço contínuo do aquecimento global e o fenômeno El Niño. Meteorologistas alertam que o pico de calor neste mês está tão pronunciado que os gráficos climáticos estão “mudando de patamar”, especialmente ao considerar a temperatura da superfície dos oceanos.

De acordo com Joel Hirschi, chefe associado de modelagem de sistemas marinhos do Centro Nacional de Oceanografia do Reino Unido, o aquecimento do planeta está ocorrendo em um ritmo acelerado, com aumentos rápidos de temperatura nos oceanos, que são o maior reservatório de calor do clima. O ano de 2023 já havia sido marcado por registros alarmantes de temperatura da superfície do mar, e 2024 segue essa tendência, superando expectativas anteriores.

Se as previsões se confirmarem, fevereiro se tornará o 8º mês consecutivo a bater recordes de temperatura, ficando atrás apenas de janeiro, que foi o mais quente já registrado. O aumento da temperatura observado nas últimas semanas indica um aquecimento de 2ºC acima dos níveis pré-industriais, de acordo com Zeke Hausfather, cientista mencionado no jornal britânico.

Embora o aquecimento possa ser atribuído em parte ao ápice do El Niño, há preocupações quanto à imprevisibilidade crescente do clima. A expectativa é que o El Niño seja seguido pelo resfriamento do La Niña, mas o clima atualmente tem se mostrado menos previsível, o que levanta preocupações adicionais.

A primeira metade de fevereiro já surpreendeu os observadores do clima com milhares de registros de calor em todo o mundo. Temperaturas excepcionais foram registradas em países como Marrocos, China, África do Sul, Arábia Saudita, Tailândia, Indonésia, Cazaquistão, Colômbia, Japão, Coreia do Norte, Maldivas e Belize, resultando em mais de 140 países quebrando recordes mensais de calor.

A situação é descrita como “insana” e “loucura total” por Maximiliano Herrera, especialista em temperaturas extremas ao redor do mundo, destacando a gravidade do fenômeno e suas implicações para o futuro do clima global.

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