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Faroeste caboclo continua em Itaboraí

Faroeste caboclo continua em Itaboraí

Foto: Divulgação

Em 22 de maio de 2023, o FOLHA DO LESTE publicou reportagem intitulada ‘Itaboraí faz aniversário vivendo ‘faroeste caboclo'”. Passados nove meses, a situação não melhorou. O município fechou o ano passado com os maiores aumentos de letalidade violenta e de homicídios dolosos do Leste Fluminense.

Segundo dados do Instituto de Segurança Pública (ISP), o ano de 2023 fechou com 93 casos de letalidade violenta contra 78 em 2022, o que representa aumento de 19,2%. Em relação a homicídios dolosos, o ano encerrou com 71 registros ante 50 ao longo de 2022. Isto representa alta de 42%.

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De acordo com o especialista em Segurança Pública pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Erivelton Lopes, o aumento da violência está atrelado à disputa entre grupos criminosos. Dessa forma, a cidade se tornou palco de uma guerra por domínio territorial, social, político e econômico.

“Esse aumento estatístico criminal é alimentado pela disputa entre grupos de facções criminosas, seja traficantes ou paramilitares, no domínio social, territorial, político e/ou econômico, onde o poder público investiga, combate, mas nem todos os ataques criminosos chegam na rede de inteligência em tempo hábil, por serem aleatórios e momentâneos”, disse.

Faroeste caboclo continua em Itaboraí

Foto: Reprodução – Redes Sociais

Em seguida, Lopes citou a imprevisibilidade das ações de grupos criminosos, o que dificulta a ação preventiva por parte do Estado.

“Podemos usar como exemplo um cão doméstico que esteja se alimentando e o indivíduo coloca a mão em sua ração e é atacado instantaneamente. Assim é o crime organizado. Mesmo monitorados, podem decidir algum ataque instantâneo sem vestígios de planejamento captados, pois escolheram o alvo no mesmo momento do ataque, dificultando a atuação preventiva do Estado”, acrescentou.

PM explica planejamento

O FOLHA DO LESTE perguntou á Polícia Militar que ações a corporação tem posto em prática para frear a escalada da violência. A PM afirmou que o 35ºBPM (Itaboraí) direciona ações ostensivas em toda a região de circunscrição da unidade, incluindo o referido endereço, sendo feitas rondas de forma dinâmica.

Segundo o comando da unidade, foram intensificados o policiamento com viaturas, o patrulhamento dinâmico, além de baseamentos em pontos estratégicos diuturnamente, visando coibir possíveis ações criminosas.

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O batalhão ainda afirmou que realiza reuniões com associações de moradores e ações integradas com a delegacia da área, com objetivo de identificar e prender os possíveis autores destes delitos.

Faroeste caboclo continua em Itaboraí

Foto: Divulgação

A Polícia Militar ressaltou ainda que é de suma importância que a população colabore realizando denúncias – o telefone do Disque-Denúncia é (21) 2253-1177 – ou, para casos urgentes, faça o acionamento através da nossa Central 190. Os registros em delegacias da Polícia Civil também são essenciais.

Homicídios sem resposta

A reportagem também perguntou à Polícia Civil quantos dos 71 homicídios ocorridos em 2023 foram solucionados. Além disso, o FOLHA DO LESTE também pediu informações atualizadas sobre o homicídio contra os três jovens, na última quinta-feira.

A Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Maricá (DHNSG) limitou-se a dizer que investiga a ação de grupos criminosos na região e que diligências estão em andamento para identificar e responsabilizar criminalmente os envolvidos. Em relação ao caso mencionado, a investigação está em andamento na especializada.

 

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