Um falso taxista foi preso no Méier por aplicar o golpe da maquininha em passageiros. A prisão ocorreu na última terça-feira (15), após o veículo usado nos crimes ser monitorado durante cinco dias por agentes da 26ª DP (Todos os Santos), com o apoio da Central de Inteligência, Vigilância e Tecnologia em apoio à Segurança Pública (Civitas), da Prefeitura do Rio.
Segundo a investigação, a placa do veículo estava adulterada e foi identificada na quinta-feira anterior (10). A partir dessa data, as equipes passaram a monitorar os deslocamentos do carro suspeito em tempo real, com apoio do sistema de Cerco Eletrônico da cidade.
Identificação da placa foi feita mesmo com adulteração
Durante a abordagem, os policiais encontraram diversas máquinas de cartão adulteradas, além de uma licença de taxista incompatível com o veículo, um Onix sedã. As vítimas mais frequentes eram passageiros idosos.
De acordo com o Civitas, o processo de identificação começou com informações limitadas. A vítima relatou apenas algumas ruas por onde o veículo passou, o horário aproximado do golpe, a cor e o modelo do automóvel. Nenhum caractere da placa era conhecido.
“Para garantir e fazer uma checagem mais criteriosa de que estavam com placa correta, a equipe utilizou o recurso do caractere coringa, que permite buscas mais diretas com fragmentos parciais. Essa busca é feita por análise combinatória com todos os equipamentos de monitoramento da prefeitura por onde a polícia identificou que o carro suspeito passou”, informou a Civitas.
+ MAIS NOTÍCIAS DO RIO DE JANEIRO? CLIQUE AQUI
Mesmo assim, por meio de cruzamento de dados, câmeras de vigilância e análise de inteligência, foi possível identificar a placa, ainda que adulterada. A confirmação permitiu o rastreamento e posterior prisão do suspeito.
“A partir daí, em segundos, o sistema interno da Civitas cruza dados e gera uma lista de placas possíveis, que passaram pelos locais naquele momento específico, com aquelas combinações possíveis de letras e números, reduzindo a possibilidade para poucos veículos. Essas placas possíveis são cruzadas com dados dos veículos, também automaticamente e, com isso, a placa suspeita é identificada em cliques”, completou.
Monitoramento em tempo real ajudou na prisão do suspeito
Com a placa confirmada, o veículo passou a ser monitorado pelo Cerco Eletrônico. O sistema permite rastrear o deslocamento do carro em tempo real, além de gerar um histórico de movimentações anteriores.
Essas informações ajudam a traçar padrões de comportamento, como os bairros mais frequentados e horários habituais. Assim, os agentes conseguiram planejar a abordagem com precisão e eficiência, reduzindo o raio de busca.
O suspeito foi detido em flagrante e levado para a delegacia. Ele vai responder por estelionato e uso de documento falso. A polícia continua investigando se há outras vítimas e possíveis cúmplices.