Exposição Luzes da Coreia já ilumina MAC Niterói | Logomarca do Evento | Montagem: Folha do Leste
Aconteceu, na noite deste sábado (8), no Museu de Arte Contemporânea (MAC), em Boa Viagem, Niterói, a solenidade de abertura oficial da maior exposição de arte da Coreia do Sul já realizada no Brasil. Trata-se da exibição artística-cultural “Luzes da Coreia – Festival de Lanternas de Jinju”.
A majestosa mostra tem curadoria e realização da jornalista Ana Cláudia Guimarães, bem como da Scuola di Cultura. De igual forma, conta com a organização do Centro Cultural Coreano e da Prefeitura de Jinju.
Diversas personalidades e autoridades estiveram presentes na cerimônia. Dentre elas, o prefeito de Niterói, Axel Grael (PDT), bem como o embaixador da Coreia no Brasil, Ki-Mo Lim e o vice-prefeito de Jinju, Lim Ki-mo. Igualmente, o diretor do Centro Cultural Coreano, Cheul-Hong Kim; o presidente da Neltur, André Bento, e a presidente da Fundação de Arte de Niterói (FAN), Micaela Costa.
“As curvas e formas do MAC projetadas pelo arquiteto Oscar Niemeyer geram um rico diálogo entre culturas e tempos tão distintos e nos transpõe a essa festividade. Hoje, as luzes representam um momento de celebração num país cuja riqueza cultural tem encantado o mundo”, diz a curadora Ana Cláudia Guimarães.
Durante a cerimônia, Axel Grael e Lim Ki-mo, assinaram o termo de Cidades Irmãs entre Niterói e Jinju. Em seguida, realizaram uma troca de presentes. Axel recebeu um boneco do mascote de Jinju e o livro “Jinju City of Lights”, enquanto retribuiu Lim Ki-mo com o livro “Niterói em Fatos e Fotos”.
Axel Grael e Lim Ki-mo celebram a irmandade entre Niterói e Jinju ao mesmo tempo que a exposição Luzes da Coreia ilumina o MAC Niterói | Alex Ramos/Divulgação/Prefeitura de Niterói
“Niterói já cultiva uma parceria com o governo da Coreia há cinco anos, quando estivemos na cidade de Seoul. Na ocasião, o governo ajudou muito Niterói no desenvolvimento do nosso plano diretor de cidade inteligente. Somos gratos pela oportunidade de estreitar ainda mais esse laço, agora, com a cidade de Jinju. Obrigado à Ana Cláudia por construir essa ponte entre as nossas cidades através dessa bela exposição”, celebrou o prefeito Axel Grael.
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Contudo, a celebração teve seu ápice por volta das 19h, quando o MAC Niterói e o Cristo Redentor foram iluminados ao mesmo tempo, com as cores da bandeira da Coreia do Sul: vermelho e azul. Ambos monumentos receberam um show de luzes, numa celebração conjunta com a exposição do MAC. Grupos artísticos também realizaram várias performances inspiradas na cultura coreana, com destaque para as tradicionais danças e apresentações de trajes.
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Todavia, desde sexta-feira (7), o Cristo Redentor precedeu a celebração deste sábado, vestindo pela primeira vez o tradicional traje coreano Hanbok. A imagem do Cristo, adornado com tons de azul, e com o cinto nas cores do encontro do encontro do G20, que acontece no Rio de Janeiro, em novembro, encantou o mundo.
Samba “Coreano”
Um dos “artistas” que mais chamou a atenção na festa se trata do embaixador coreano Ki-Mo Lim, ao passo que cantou o samba “Tá Escrito”, acompanhado em coro por todos os presentes. Ele já havia gravado a canção em estúdio, juntamente com o reitor do Santuário Arquidiocesano Cristo Redentor, Padre Omar Raposo. Em suma, um momento ímpar de integração cultural.
“Esta é uma linda oportunidade para o povo brasileiro conhecer melhor a história da Coreia contada através das lanternas de Shenzhen e da cidade de Jinju. Espero que por meio desse festival o intercâmbio e a compreensão cultural entre a Coreia e o Brasil se fortaleça ainda mais”, afirmou o embaixador Ki-Mo Lim.
Sobre as lanternas
As milenares lanternas coloridas de seda dialogam com elementos cenográficos contemporâneos, transportando os visitantes à famosa cidade de Jinju, que desde 2003 sedia um dos mais tradicionais festivais culturais do país.
As lanternas de seda, que hoje iluminam o MAC Niterói com cores vibrantes e histórias milenares, guardam em si uma trajetória fascinante. Nascidas no século XII, elas transcendem sua função original como ferramentas de guerra e comunicação, tornando-se símbolos de resistência, homenagens e união cultural.
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Na Batalha da Fortaleza de Jinjuseong, durante a Guerra Imjin (1592-1598), as lanternas se tornaram armas poderosas nas mãos dos 3.800 soldados do Exército Suseong. Em uma noite escura, a luz das lanternas no Rio Namgang serviu como farol. Assim, alertou os coreanos sobre a aproximação dos 20.000 soldados japoneses e impedindo-os de cruzar o rio.
Além da guerra
Além de sua função militar, as lanternas também serviam como um elo de comunicação entre os soldados e seus familiares que ficaram para trás. Através da luz, mensagens de esperança e amor eram transmitidas, desafiando a escuridão da guerra e nutrindo a alma daqueles que lutavam pela pátria.
Heroísmo e resistência
Após a guerra, as lanternas se tornaram um símbolo de profunda homenagem aos soldados que se sacrificaram pela Coreia. Lançadas no Rio Namgang, elas iluminavam a noite e honravam a bravura e o patriotismo daqueles que defenderam seu país.
“A exposição “Luzes da Coreia – Festival de Lanternas de Jinju” cria uma ponte luminosa que une passado e presente. Atravessa o oceano para nos conectar a uma cultura milenar por meio de delicadas lanternas, produzidas manualmente a partir de uma seda fabricada desde o século XII, exclusivamente, em Jinju, pequena cidade da Coreia do Sul. Acesas, geram trilhas de memória e emoção. Um universo em que cores e formas conduzem a uma experiência única de imersão, afirma Ana Cláudia Guimarães.
“Luzes da Coreia – Festival de Lanternas de Jinju” estará em cartaz no MAC Niterói de 9 de junho a 25 de agosto de 2024. Portanto, garanta seu ingresso e prepare-se para uma experiência cultural única e inesquecível.
Informações Adicionais
Data: 9 de junho a 25 de agosto de 2024 | Local: Museu de Arte Contemporânea de Niterói (MAC) | Horário: Terça a domingo, das 10h às 18h (entrada até 17h30) | Ingressos: R$ 16,00 (inteira) | R$ 8,00 (meia-entrada) | Gratuidade: às quartas-feiras, para ciclistas e moradores de Niterói | Venda: Bilheteria do MAC e Sympla
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