Ex-presidente descarta Jordy e acredita que Rodrigo Neves seja eleito para a Prefeitura de Niterói | Reprodução Agenda do Poder
A eleição para a prefeitura de Niterói se torna um verdadeiro campo de batalha, onde a política local enfrenta uma tensão palpável. Com os olhos do Brasil voltados para as urnas, a disputa entre Carlos Jordy e Rodrigo Neves revela não apenas um embate eleitoral, mas também um reflexo das dinâmicas políticas mais amplas. Nesse cenário, Jair Bolsonaro, ex-presidente e figura central da direita, já admite em círculos íntimos que a vitória em Niterói pode estar além de suas expectativas. A informação foi divulgada pela colunista Bela Megale, do O Globo.
A descrença de Bolsonaro virou assunto na sessão ordinária realizada hoje (23) na Câmara Municipal de Niterói. Em sua hora de fala, o vereador Fabiano Gonçalves (Republicanos) afirma, ao ler a notícia mencionada, que o ex-presidente não viria até a cidade, empenhar sua imagem, para perder uma eleição. Disse ainda que quem perde é Bolsonaro, não Carlos Mattos, se referindo a Jordy pelo nome de batismo.
“Ele (Bolsonaro) não vai se contaminar com a derrota. Prefere apoiar o Ricardo Nunes em São Paulo, com chances reais de ganhar, assim como em Belo Horizonte e Curitiba. Isso prova o que temos dito, a nossa vitória (Rodrigo Neves) será confirmada nas urnas”, completou o vereador.
Rodrigo Neves, candidato pelo PDT, já conquistou uma expressiva fatia do eleitorado no primeiro turno, obtendo 48,47% dos votos válidos. Ao lado dele, uma coalizão de forças progressistas, incluindo o apoio de figuras como Alessandro Molon (PSB) e a deputada federal Talíria Petrone (Psol), que também concorreu à prefeitura da cidade no primeiro turno, fortaleceu sua candidatura. Neves, um político experiente e ex-prefeito, tem se mostrado resiliente, capaz de angariar alianças que são vistas como cruciais para seu sucesso.
Em contrapartida, Carlos Jordy, representante do PL e apoiado pela família Bolsonaro, se vê em uma posição desafiadora. Com apenas 35,59% dos votos no primeiro turno, seu caminho até a vitória parece repleto de obstáculos. Os apoios recebidos, como os de Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Capitão Nelson (PL), são considerados insuficientes para alterar a dinâmica já estabelecida nas preferências eleitorais.
Bolsonaro desacredita
Fontes próximas a Bolsonaro indicam que a confiança em Jordy diminui a cada dia, o que reflete uma estratégia defensiva. O ex-presidente observa Niterói como um bastião progressista, onde suas esperanças de expansão política enfrentam resistência.
As pesquisas internas têm reforçado a ideia de que o favoritismo de Neves é uma realidade difícil de contornar. A postura de Bolsonaro, que se revela cética em relação às chances de Jordy, traz à tona um cenário de desânimo que permeia os bastidores da campanha.
Lula apoia Neves
Nos dias que antecedem o segundo turno, a narrativa se complica. O apoio do presidente Lula a Neves, que incluiu um encontro significativo, solidifica ainda mais sua posição no cenário político. A presença de líderes de diferentes partidos na sua coligação mostra uma união em prol da continuidade de um governo progressista, algo que, para muitos, simboliza a resistência às ideias da direita em Niterói.
Conforme a disputa se intensifica, a expectativa é de que novos desdobramentos surjam. As articulações políticas continuam a se desenrolar, enquanto as campanhas se aquecem em um cenário que já se apresenta como um divisor de águas para o futuro político da cidade.
Para Bolsonaro e Jordy, a vitória em Niterói não é apenas uma questão de liderança local; é um reflexo do vigor e da viabilidade do seu legado político.
