FutebolPolíciaRio de Janeiro - Capital

Dia de Fúria: Ex-jogador do Botafogo surta e é preso após atropelamento gravíssimo com vítima fatal no Rio

cena do acidente causado pelo atleta Luan Plácido (sem clube), ex-jogador do sub-20 do Botafogo | Reprodução

Cena do acidente causado pelo atleta Luan Plácido (sem clube), ex-jogador do sub-20 do Botafogo | Reprodução

Luan Plácido Moreira da Costa, 21 anos, ex-jogador das categorias de base do Botafogo e atualmente sem clube, acabou preso em flagrante na manhã desta sexta-feira (08) depois de atropelar quatro pessoas na Estrada dos Bandeirantes, em Vargem Grande, Zona Oeste do Rio. A tragédia deixou uma mulher morta e outras três vítimas feridas.

O acidente ocorreu por volta das 7h30. De acordo com a Polícia Militar, entre os atingidos estavam três ciclistas e um pedestre. Dois deles sofreram lesões graves. Apesar de permanecer no local e acionar o Corpo de Bombeiros, Luan enfrentou a prisão por causa do comportamento agressivo contra agentes de segurança. Porém, após a imensa saga de eventos inacreditáveis, Luan conseguiu deixar a cadeia mediante o pagamento de fiança no valor de R$ 3 mil.

Vítimas: mulher morre no hospital após atropelamento; há outra em estado gravíssimo

Equipes de resgate levaram os feridos para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca. A Secretaria Municipal de Saúde confirmou a morte de Ariana da Silva, 41 anos, que não resistiu aos ferimentos. Já Wendell de Almeida, 28 anos, e José Cassiano, 22, receberam alta após atendimento. A quarta vítima, ainda sem identificação, seguiu para o Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea, e permanece em estado grave.

Carro do Jogador Luan envolvido em atropelamento que matou Ariane Carvalho, de 41 anos | Reprodução

Carro do ex-jogador do Botafogo Luan Plácido, envolvido em atropelamento que matou Ariane Carvalho, de 41 anos; inicialmente preso, mesmo depois de cometer outros crimes em flagrante, segundo relatos da polícia, o atleta desembolsou R$ 3 mil de fiança e saiu pela porta da frente da delegacia | Reprodução

O socorro contou com bombeiros dos quartéis do Recreio e Jacarepaguá, além do apoio da Polícia Militar. Ariane deixa uma filha de apenas três anos de idade.


Luan Plácido agride e desacata policiais

Durante o trajeto até a 42ª DP (Recreio dos Bandeirantes), Luan insultou os policiais e chutou a viatura, quebrando parte do vidro interno. Ao chegar à delegacia, tentou agredir os agentes e acertou uma cabeçada em um deles.

Conforme relato do delegado Alan Luxardo, titular da 42ª DP (Recreio dos Bandeirantes), Luan Plácido apresentou comportamento psicológico alterado. O atleta estava agressivo, ao mesmo tempo que xingava muito. Nesse meio tempo, chegou a tomar um fuzil de um dos policiais miliares e atacou uma viatura, causando danos. Logo depois, já na delegacia, ainda deu uma cabeçada em um policial militar. Os policiais o contiveram e o levaram para exame de corpo de delito no IML.

Em contrapartida, Luan Plácido responderá por diversos crimes, agravados por sua conduta: lesão corporal, desacato e dano ao patrimônio público. Considerando ainda que, infelizmente, uma das vítimas — Ariane Carvalho, 41 anos — veio a óbito, Luan Plácido responderá também por homicídio culposo.

Laudo do IML

O exame clínico, realizado cinco horas após o atropelamento pelo Instituto Médico Legal (IML), registrou o seguinte:

“O avaliado ‘está sob a influência de álcool ou substância tóxica ou entorpecentes de efeitos análogos”.

Ainda assim, o laudo ressalta a impossibilidade na definição da substância que provocou o estado alterado, pois Luan se recusou a fornecer material biológico para análise.


Luan Plácido: das páginas esportivas às manchetes policiais

Luan sempre jogou no setor defensivo, tanto na zaga tal qual na lateral. Inicialmente, em 2019, deu seus primeiros passos de sua trajetória no Boavista-RJ,  clube da cidade de Saquarema, na categoria sub-15.  Posteriormente, jogou pelo Nova Iguaçu entre 2021 e 2022, atuando no sub-17 e sub-20. Em 2023, defendeu o Botafogo no sub-20, ao passo que, em 2024, passou pelo Rondoniense e retornou ao Boavista-RJ, seu último clube antes de ficar sem contrato.

Dessa forma, de promessa do futebol de base, o jogador agora enfrenta as manchetes policiais. De agora em diante, seu nome ficará marcado pelos crimes dos quais se tornou investigado: um homicídio, além das demais condutas, tais como lesão corporal, desacato e dano ao patrimônio público.

Por último, após o pagamento de fiança, a família do jogador disse que irá levá-lo para internação em uma clínica psiquiátrica.

Você também pode gostar

Deixar uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais em:Futebol