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Ex-diretor da PRF vai pra cadeia por interferir nas eleições 2022

Ex-diretor da PRF vai pra cadeia por interferir nas eleições 2022

Foto: Reprodução – Instagram

Na manhã desta quarta-feira, 9, a Polícia Federal (PF) efetuou a prisão preventiva de Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), em Florianópolis. A ação faz parte da Operação Constituição Cidadã, que investiga suposta interferência nas eleições do ano passado. A captura de Vasques foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, e ele será transferido para Brasília.

A operação abrange dez endereços em quatro estados diferentes: Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e Rio Grande do Norte. A Corregedoria Geral da PRF também está colaborando com a investigação, solicitando que 47 agentes da corporação prestem depoimento sobre o caso.

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De acordo com a PF, a “Constituição Cidadã” apura o suposto uso da máquina pública para dificultar o trânsito de eleitores durante o segundo turno das eleições de 2022. A investigação indica que recursos foram direcionados por membros da PRF com o objetivo de influenciar o pleito.

A operação está focada nos crimes de prevaricação e violência política, previstos no Código Penal, além de delitos descritos no Código Eleitoral, como impedir ou embaraçar o exercício do sufrágio e conceder exclusividade de utilidades e meios de transporte a determinados partidos ou candidatos.

A escolha do nome “Operação Constituição Cidadã” faz referência à Lei Maior do país, que assegura o direito ao voto como a maior representação da democracia. Silvinei Vasques assumiu a chefia da PRF em abril de 2021, durante a gestão do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, que também está sob investigação por suposta omissão diante dos atos golpistas de 8 de janeiro.

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Além das acusações relacionadas à interferência eleitoral, Vasques também é investigado por conduta inadequada antes dos bloqueios de rodovias ocorridos após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições. Ele é acusado de improbidade administrativa e uso indevido do cargo para beneficiar a candidatura de Bolsonaro.

Silvinei Vasques se aposentou em dezembro de 2022, aos 47 anos, no final do governo de Jair Bolsonaro, quando diversas investigações sobre sua atuação já estavam em andamento. Antes do pleito, ele utilizou sua conta para pedir votos para Bolsonaro, compartilhando uma foto da bandeira do Brasil com a mensagem “Vote 22, Bolsonaro presidente”.

 

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