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Estudo revela que árvores da Mata Atlântica estão em perigo

Estudo revela que árvores da Mata Atlântica estão em perigo

Foto: Divulgação

Uma equipe composta por pesquisadores brasileiros e estrangeiros realizou um estudo que revelou uma preocupante situação para a flora da Mata Atlântica. De acordo com os resultados, 82% das espécies exclusivas desse bioma, totalizando 2.025 tipos de árvores, estão sob ameaça de extinção. A pesquisa, publicada na renomada revista Science, analisou um total de 4.950 espécies presentes no bioma, constatando que dois terços delas estão em risco.

A Mata Atlântica, que ocupa aproximadamente 15% do território brasileiro e abrange 17 estados, possui uma significativa quantidade de espécies endêmicas, ou seja, que só são encontradas nesse local específico. Mais da metade dessas espécies analisadas, ou seja, 52%, encontra-se na categoria de risco de extinção. Além disso, 19% são consideradas vulneráveis e 11% estão classificadas como criticamente em perigo.

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Apesar desses dados alarmantes, apenas 17% das espécies apresentam uma situação menos preocupante e 1% é considerado quase ameaçado. Entretanto, vale ressaltar que outras 13 espécies endêmicas estão possivelmente extintas, enquanto cinco espécies, anteriormente consideradas extintas, foram redescobertas durante o levantamento.

A metodologia utilizada na pesquisa baseou-se em uma extensa base de dados, que consiste em mais de 3 milhões de registros de herbários e inventários florestais da Mata Atlântica. Os critérios adotados foram estabelecidos pela União Internacional de Proteção da Natureza (IUCN), garantindo a precisão dos resultados.

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Renato de Lima, professor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da Universidade de São Paulo (USP) e um dos coautores do estudo, ressaltou a importância dessa pesquisa abrangente e completa, que tem como objetivo formar uma “lista vermelha” de árvores ameaçadas na Mata Atlântica. Lima destacou que um estudo semelhante foi realizado na Amazônia, levando em consideração perdas de vegetação passadas e projeções futuras.

Segundo o professor, a situação das espécies endêmicas na Mata Atlântica causou preocupação, mesmo com as avaliações conservadoras utilizadas. Ele ressaltou que é necessário considerar outros fatores, como desmatamento futuro, áreas que possivelmente serão devastadas no futuro e mudanças climáticas, para uma análise mais abrangente.

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Lima também destacou que junto ao desmatamento, a qualidade das florestas remanescentes é igualmente afetada, com incêndios, comércio ilegal de madeira e invasão de espécies invasoras.

Atualmente, de acordo com a SOS Mata Atlântica, apenas 24% da floresta original ainda persiste. Uma das medidas defendidas pela organização é focar na preservação das áreas que cercam mananciais, nascentes e margens dos rios, devido à sua relação crucial com a mata ciliar. Essa abordagem é fundamental para a proteção e recuperação desse importante bioma, tão ameaçado pela ação humana.

 

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