Leão da Estácio de Sá ruge alto na Marquês de Sapucaí | Aline Fonseca/Riotur
Com o enredo “Chão de Devoção: Orgulho Ancestral”, a apresentação da Estácio de Sá, na sexta-feira de carnaval, rendeu-lhe premiações em duas categorias do Estandarte de Ouro: melhor escola e melhor samba-enredo. A informação teve divulgação, por volta de 7h, pelo jornal O Globo, responsável pela premiação.
Segundo O Globo, o samba-enredo da agremiação pesou para sua vitória nas duas categorias. A obra tem autoria dos compositores Júlio Alves, Claudio Russo, Magrão do Estácio, Filipe Medrado, Thiago Daniel, Diego Nicolau, Tinga, Dilson Marimba, Guilherme Karraz, Barbara Fonseca, Telmo Augusto, Adolfo Konder, Fernando César e Marquinhos Beija-Flor.
Apesar de ser a grande vencedora da premiação, a Estácio de Sá enfrentou momentos de tensão durante seu desfile, na sexta-feira (9). O portão fechou com 56 minutos, um a mais do que o permitido pelo regulamento. Por conta disso, a agremiação começará a apuração com a desvantagem de um décimo , por punição.
A agremiação, além disso, ainda enfrentou uma falha no sistema de som nos primeiros 15 minutos. E o desfile teve diversos problemas de evolução, o que certamente, afastará a Estácio da briga por título.
Bolso vazio
Já o prêmio Fernando Pamplona, categoria que celebra o bom uso de material barato com bom efeito, teve como vencedor o abre-alas da escola Arranco do Engenho de Dentro. A escola falou sobre a loucura em seu desfile, exaltando a importância de Nise da Silveira seu legado para a saúde mental brasileira.
Os jurados elogiaram a criatividade do uso de caixas e bulas de remédio na decoração. Pamplona – o maior revolucionário do carnaval de todos os tempos – tinha como lema a frase “tem que tirar da cabeça aquilo que não se tem no bolso”.
Agora, o prêmio Fernando Pamplona fica destinado exclusivamente à Série Ouro, ao passo que deixa de premiar o Grupo Especial. A mudança na destinação do prêmio traz mais uma novidade para a Série Ouro, que agora conta com três categorias. Até o ano passado, havia premiação apenas para melhor escola e melhor samba-enredo.
Em sua 49ª edição, o Estandarte de Ouro, em suma, se trata do “Óscar do Samba” e é realizado pelos jornais O Globo e Extra.
Criado em 1972 pelos jornalistas Heitor Quartin e Roberto Paulino, o Estandarte de Ouro reconhece personalidades e segmentos que se destacaram nos desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro.
