
Foto: Erneto Carrico – Governo do Estado
Nesta quarta-feira (01), o Governo Estadual e Federal formalizam o Comitê Integrado de Investigação Financeira e Recuperação de Ativos (Ciifra), com o objetivo de combater as milícias e narcomilícias e enfraquecer suas atividades criminosas. Essa iniciativa inédita no país será realizada por meio de um acordo de cooperação técnica fechado em reunião realizada na segunda-feira (30), entre representantes do Executivo do Rio de Janeiro e do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
O Ciifra contará com a participação do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal (PRF), Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) e secretarias de Estado de Polícia Civil (Sepol) e da Fazenda (Sefaz). O Ministério Público Federal, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro e o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) também serão convidados a fazer parte dessa força-tarefa.
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A integração entre as inteligências das forças de segurança e órgãos de controle federais com os respectivos órgãos estaduais do Rio de Janeiro marca uma nova dimensão nesse enfrentamento. Isso permitirá agilidade no combate aos crimes financeiros, como destacou representante do governador, Nicola Miccione.
O ministro Flávio Dino ressaltou que o objetivo é desidratar financeiramente o crime organizado, por meio de inteligência e investigações conjuntas. A proposta do comitê integrado apresentada pelo Governo do Estado foi bem recebida pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, que enfatizou a importância da integração da Polícia Civil com os órgãos federais.
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A assinatura formal do comitê está prevista para a próxima quarta-feira (1º), visando o início imediato dos trabalhos. Com a implementação do Sistema Único de Segurança Pública, a expectativa é desmantelar essas organizações criminosas, por meio da investigação de lavagem de dinheiro e descapitalização.
A asfixia financeira das quadrilhas é um objetivo primordial, como destacou o secretário de Polícia Civil, Marcus Amim, que ressaltou a importância da integração entre os órgãos. Ele enfatizou que o monitoramento e o enfraquecimento das movimentações financeiras das organizações criminosas são cruciais não somente para o Rio de Janeiro, mas também para todos que atuam no território fluminense.
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Um destaque importante é o trabalho pioneiro do Laboratório de Tecnologia contra a Lavagem de Dinheiro (LAB-LD) da Polícia Civil, que representa uma mudança de paradigma no segmento de investigação financeira e patrimonial. Nos últimos três anos, mais de R$ 13 bilhões em bens e valores de organizações criminosas foram bloqueados pela instituição. No combate à corrupção, os valores ultrapassam R$ 140 bilhões.
Além do governador Cláudio Castro, representantes da Polícia Civil, como o subsecretário de Inteligência Flávio Porto, o diretor do Departamento-Geral de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro Gustavo Rodrigues, e a coordenadora do Gabinete de Recuperação de Ativos Renata Montenegro também estiveram presentes na reunião.