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Estado do RJ monta força-tarefa e cidades continuam sem água

Estado do RJ cria força-tarefa e cidades continuam sem água

Cidades continuam sem água enquanto autoridades estaduais se reúnem para fazer o óbvio | Divulgação/Governo do Estado do Rio de Janeiro

Após mais de 54 horas de interrupção no abastecimento de água para Niterói, São Gonçalo, Maricá, Itaboraí, bem como Paquetá, no Rio de Janeiro, uma força-tarefa montada governador Cláudio Castro se reuniu, nesta sexta-feira (5/4), para tratar da questão. A medida, de certa forma letárgica, não demonstra eficiência alguma quanto ao restabelecimento dos serviços. Igualmente, sequer indica o responsável pelo colapso humanitário, social e econômico que atinge a população fluminense.

Integram o grupo mobilizado pelo governador as secretarias de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, da Polícia Civil, da Polícia Militar. Além destas pastas, também fazem parte o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), a Cedae, a Petrobras e as concessionárias Águas do Brasil e Águas do Rio.

A captação e distribuição de água entrou no terceiro dia, pois está parada desde às 5h59 de quarta-feira (3). Naquela ocasião, técnicos da Cedae e do Inea constataram irregularidades no manancial de água bruta. Posteriormente, exames laboratoriais identificaram a contaminação da água pelo produto químico tolueno.

Segundo o governo fluminense, a reunião teve como objetivo a definição de medidas que viabilizem a retomada da produção de água no Sistema Imunana-Laranjal. O encontro resultou em um plano de ação para conter o derramamento do composto químico nos rios Rio Guapiaçu, em Guapimirim, segundo o Palácio Guanabara.

Interrupção do fornecimento de água já dura mais de 50 horas no Leste Fluminense

Enquanto poluente permanece no manancial do Imunana-Laranjal, cidades continuam sem água | Créditos: Divulgação/ Cedae

Desse modo, Inea, Cedae e Petrobras se comprometeram em ceder maquinário para remover o poluente que está contaminando a água dos rios, ao passo que a Petrobras e a Transpetro vão disponibilizar barreiras de contenção. Por exemplo, recolhedores de oleofílico e vertedouro e mantas absorventes.

“Estamos unindo esforços para encontrar uma solução conjunta, com a contribuição de cada instituição. Nosso objetivo é normalizar a distribuição de água o mais rápido possível – afirmou o secretário do Ambiente, Bernardo Rossi”

Blá, blá, blá…

No entanto, fica evidente que tais tratativas e declarações públicas não produzem efeito prático.  Principalmente, após as cobranças e questionamentos formulados pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ). Além disso, cabe-nos indagar a razão de tais medidas não terem sido adotadas antes. Afinal, percebe-se grande demora para uma ação tão óbvia.

Ontem (quinta-feira, 4), o presidente da Cedae chegou a dizer que o sistema seria religado até o final do dia, o que não ocorreu.

Tal promessa – mesmo em tom de previsão – induziu diversos meios de comunicação a noticiar que o problema estava próximo de uma solução, o que está longe de ser verdade. Uma declaração, no mínimo, irresponsável. Sobretudo, diante de uma nova informação da própria Cedae, acerca da necessidade de fechar o acesso de um outro canal ao manancial de captação de água. A medida foi adotada após uma avaliação técnica, que identificou indício de derramamento do produto em tal local.

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