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Estado do Rio registra aumento de casos de Mpox

Estado do Rio registra aumento de casos de Mpox

Estado do Rio registra aumento de casos de Mpox | Divulgação/AFP

O Rio de Janeiro registrou 15 novos casos de Mpox, também conhecida como “varíola dos macacos”, em menos de uma semana. Com isso, a cidade acumula 136 casos da doença em 2024, conforme dados divulgados nesta quarta-feira (04) pelo Observatório Epidemiológico da Cidade do Rio de Janeiro (EpiRio).

Até a última quinta-feira (29), o painel de monitoramento do município havia registrado 121 casos. Os números foram atualizados hoje, mostrando um aumento de infectados. Além disso, ainda há 18 pessoas com suspeita de infecção e duas consideradas como prováveis casos. Ao todo, foram descartadas 192 possíveis infecções.

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De acordo com o infectologista Celso Ferreira Ramos Filho, presidente da Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio e membro titular da Academia Nacional de Medicina (ANM), o aumento dos casos é motivo de atenção, embora seja prematuro afirmar que se trata de uma epidemia.

“Os números são expressivos, mas o intervalo de tempo ainda é curto. É possível que haja uma corrente de transmissão, especialmente com 15 novos casos em uma semana”, afirma o especialista.

Desde fevereiro de 2022, a cidade registrou 3.863 notificações de Mpox, com 1.281 confirmações. Não houve mortes associadas à doença até o momento.

A maioria dos casos confirmados em 2024 ocorreu entre homens, totalizando 1.200 registros, enquanto apenas 81 casos foram notificados entre mulheres. Isso equivale a 93,7% das infecções em pacientes masculinos e 6,3% em femininos.

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O doutor Celso Ramos Filho, também professor aposentado da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), destaca que homens homossexuais estão mais vulneráveis à infecção pela Mpox. Ele alerta que, embora a principal via de transmissão seja sexual, há risco de contaminação por via aérea, semelhante à Covid-19, especialmente em ambientes fechados.

No entanto, o infectologista é categórico ao afirmar que a população LGBTQIA+ precisa ser informada sobre os riscos específicos da transmissão sexual:

“Não se trata de preconceito, mas de um dado epidemiológico. Homens homossexuais têm maior probabilidade de contrair a doença, como ocorre com o HIV”.

O médico recomenda o uso de preservativos como uma das principais formas de prevenção, principalmente durante relações sexuais.

“Embora o uso de máscara não seja necessário neste momento, a prevenção pelo uso de preservativos é essencial. Lesões na pele, inclusive fora da região genital, também podem transmitir a doença”, alerta o especialista.

Entre as áreas mais afetadas na cidade, a Zona Sul registrou 303 casos, seguida pela Barra da Tijuca e Jacarepaguá, com 203, e o Centro, com 174 confirmações. Apesar do nome “varíola dos macacos”, a doença não é transmitida por animais, mas sim entre humanos, principalmente por contato próximo com secreções, fluidos corporais ou objetos contaminados.

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Os principais sintomas da Mpox incluem erupções cutâneas, inchaço dos gânglios linfáticos, dores de cabeça, nas costas ou musculares, febre, calafrios e fadiga. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, é fundamental evitar contato direto e íntimo com outras pessoas, especialmente durante suspeita de infecção.

Caso haja suspeita, o paciente deve buscar atendimento em uma unidade de saúde, como clínicas da família ou centros municipais, utilizando máscara de proteção individual. A higiene das mãos, com água e sabão ou álcool em gel, é outra medida preventiva recomendada.

O tratamento da Mpox visa aliviar os sintomas, prevenir complicações e evitar sequelas. A doença pode ser controlada com cuidados básicos de higiene e prevenção, semelhantes aos adotados para outras enfermidades. A adoção dessas medidas pode evitar a propagação da doença e proteger a população de novos surtos.

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