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Esgotamento dos poços da Estação Gávea começa nesta quinta-feira

Esgotamento dos poços da Estação Gávea começa nesta quinta-feira | Divulgação

Teve início na manhã desta quinta-feira (14) a operação de esvaziamento dos cerca de 60 milhões de litros d’água que sustentam a estrutura da Estação Gávea, na Linha 4 do metrô. A retirada do líquido, que ocupa os poços desde 2018, será feita lentamente por questões de segurança e deve durar quatro meses.

O deságue ocorre por tubulações subterrâneas provisórias sob a Avenida Padre Leonel Franca, passando por caixa de decantação, até o canal do Rio Rainha. Dali, a água segue para o canal da Avenida Visconde de Albuquerque e, depois, para o mar. Estima-se que 250 mil litros sejam esgotados a cada 24 horas, o equivalente a meio metro de altura diária.

“Este é o marco inicial da retomada da construção da estação Gávea. A partir deste momento, a obra só será interrompida quando for concluída e entregue à população, com previsão de 36 meses (três anos) de intervenção. O Governo do Estado trouxe a solução para um problema que representava risco para a região e, quando a obra terminar, mais de 20 mil pessoas serão beneficiadas. O Estado pretende investir na expansão do sistema metroviário e está trabalhando para melhorar a mobilidade em várias frentes”, disse o governador Cláudio Castro.

Atualmente, os dois poços interligados têm 18 metros de diâmetro e 45 metros de profundidade cada um. Após a escavação completa da estação, passarão a ter 52 metros. Eles precisaram ser inundados anteriormente devido à pressão do lençol freático sobre a estrutura ainda incompleta.

A Secretaria de Transporte e Mobilidade Urbana (Setram) e a Riotrilhos acompanham o processo de esgotamento, realizado pelo Consórcio Construtor Gávea, contratado pela MetrôRio. A obra possui licenças ambientais do Inea e monitoramento constante por equipamentos eletrônicos.

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“Antes de serem esvaziados, foram instalados instrumentos que farão o monitoramento em tempo real da estrutura até a finalização das intervenções. Durante toda a obra, o bombeamento do lençol freático seguirá ativo”, explicou o diretor de Engenharia da Riotrilhos, Rodrigo Faur.

O Inea avaliou a qualidade da água durante vistoria técnica nos últimos 40 dias e aprovou o processo de decantação utilizado para a liberação gradual. A equipe do consórcio garante o cumprimento das condicionantes ambientais, incluindo monitoramento da água e destinação adequada de resíduos.

Após o esgotamento, a próxima etapa será a detonação de um trecho de 140 metros de rocha — cerca de 140 mil toneladas — que serão retiradas em 11 meses por caminhões basculantes. Paralelamente, serão preparadas a via permanente e as passagens de emergência.

O projeto da Estação Gávea foi otimizado para reduzir custos e acelerar a entrega à população. O acesso no sentido São Conrado foi priorizado, faltando apenas 60 metros de escavação.

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