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Entenda: COP28 avalia ação de países contra aquecimento global

Entenda: COP28 avalia ação de países contra aquecimento global

Foto: Juca Varella – Agência Brasil

Iniciou-se hoje, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2023 (COP28). Com a presença de representantes de cerca de 200 países e 70 mil pessoas, o evento tem como objetivo apresentar, pela primeira vez, um panorama global das ações de cada nação em relação ao cumprimento do Acordo de Paris. Esse acordo estabelece o compromisso de limitar o aumento da temperatura da Terra a 1,5ºC acima dos níveis pré-industriais. Assim, pela primeira vez desde o Acordo de Paris, as contribuições de cada país para a redução do aquecimento global serão avaliadas. Essa análise servirá de base para a COP30, em 2025, quando serão adotadas novas medidas para mitigar as alterações climáticas.

Pedro Côrtes, professor do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo (USP), explicou que a COP28 faz uma revisão das propostas apresentadas nas edições anteriores e avalia o progresso de cada país. Ele ressaltou que os acordos climáticos não punem os países que não cumprem suas metas, funcionando mais como um puxão de orelha para que sejam tomadas ações mais efetivas. No entanto, Côrtes destacou que países como Estados Unidos e China não têm abraçado essas causas tanto quanto poderiam e deveriam.

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Além disso, espera-se também a reafirmação do compromisso de todos os países em manter a meta de aumento da temperatura em 1,5ºC, em comparação aos níveis pré-industriais. No entanto, Karen Oliveira, diretora de Políticas Públicas e Relações Governamentais da TNC Brasil, destacou que há o risco dessa meta ser revista.

Segundo ela, os próprios textos das discussões sobre o clima utilizam o termo “preferencialmente” ao mencionar a necessidade de não ultrapassar essa meta. Oliveira ressaltou que essa não é uma questão de preferência, mas sim uma obrigação diante das consequências adversas das mudanças climáticas.

Em um relatório divulgado recentemente, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) alertou que, se não houver mudanças nas políticas atuais, a temperatura global pode aumentar em até 2,9ºC até o ano 2100. Esse número é quase o dobro do limite estabelecido pelo Acordo de Paris.

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O documento também apontou um aumento de 1,2% nas emissões de gases do efeito estufa entre 2021 e 2022. A Organização das Nações Unidas (ONU) enfatizou que essa é a maior quantidade já registrada, com exceção do setor de transporte, todos os outros setores já superaram os níveis de emissões de 2019.

Diante desse cenário, Stela Herschmann, coordenadora adjunta de Política Internacional do Observatório do Clima, ressaltou a necessidade de reduzir drasticamente as emissões.

Ela afirmou que a eliminação dos combustíveis fósseis é fundamental e criticou as tentativas dos produtores de petróleo de prolongar a vida útil desses combustíveis por meio de soluções tecnológicas que são economicamente inviáveis e não têm escala suficiente.

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As emissões de gases do efeito estufa, como o dióxido de carbono (CO2) e metano (CH4), são responsáveis pelo aquecimento global e impulsionam a atual crise climática, marcada por eventos climáticos extremos. Desde a Revolução Industrial, as emissões têm aumentado devido à queima de combustíveis fósseis. Essa preocupação tem mobilizado cientistas, sociedades e governos desde a Eco de 1992, realizada no Rio de Janeiro.

Em 2015, durante o Acordo de Paris, 195 países se comprometeram a combater o aquecimento global para limitar o aumento da temperatura a menos de 2ºC em relação aos níveis pré-industriais, buscando atingir o máximo de 1,5ºC. O Brasil, por sua vez, assumiu o compromisso de reduzir

 

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