Enfermeira foragida é investigada por morte em procedimento estético no RJ

Enfermeira foragida é investigada por morte em procedimento estético no RJ | Divulgação/Disque Denúncia
A enfermeira Sabrina Rabetin Serri, de 39 anos, é considerada foragida nesta quarta-feira (15) após ser indiciada por homicídio qualificado e exercício ilegal da medicina na morte de uma jovem durante procedimento estético na Zona Oeste do Rio.
A Delegacia de Defesa do Consumidor (Decon) realiza buscas para prender a enfermeira Sabrina Rabetin Serri, indiciada pelo homicídio de Marilha Menezes Antunes, de 28 anos, ocorrido em 8 de setembro, no Centro Médico Amacor Saúde, em Campo Grande.
Sabrina aplicou o anestésico na paciente durante a hidrolipoenxertia, procedimento que não pode ser feito por enfermeiros. A 1ª Vara Criminal da Capital expediu mandado de prisão preventiva, publicado nesta terça-feira (14), mas ela ainda não foi localizada.
Segundo o delegado titular da Decon, Wellington Pereira Vieira:
“Ontem procuramos em endereços conhecidos, não foi localizada e já é considerada foragida. Hoje, vamos tentar fazer a prisão em outros locais.”
O Disque Denúncia divulgou cartaz pedindo informações sobre o paradeiro da profissional. O anonimato é garantido e denúncias podem ser feitas pelos telefones 2253-1177 e 0300-253-1177, WhatsApp (21) 2253-1177 ou pelo aplicativo Disque Denúncia RJ.
Entenda o caso
No dia 8 de setembro, Marilha Menezes Antunes, técnica de Segurança do Trabalho, passou pelo procedimento estético no glúteo após economizar dinheiro para o presente de aniversário. A vítima sofreu parada cardiorrespiratória e não resistiu, segundo registros da Polícia Civil.
Familiares afirmam que houve demora no socorro, enquanto o médico que realizou o procedimento disse que a vítima foi entubada rapidamente. O laudo da necropsia concluiu que a morte ocorreu por choque hipovolêmico, hemorragia interna e ação perfuro contundente.
No dia 10 de outubro, duas gerentes do centro médico foram presas em flagrante após fiscalização que encontrou medicamentos vencidos no centro cirúrgico, farmácia e carrinho de parada cardíaca. Outras salas continham remédios sem identificação de validade ou origem. O estabelecimento foi interditado.
O médico responsável, José Emílio de Brito, foi preso em casa na Tijuca no dia 15 de outubro e responderá por homicídio e falsidade ideológica. A investigação também envolve o Conselho Regional de Medicina do Rio (Cremerj), que abriu sindicância para apurar os fatos.
Marilha, descrita por parentes como saudável, havia completado 28 anos em 1º de setembro e deixou um filho de 6 anos.
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