Foto: Divulgação
Um tribunal britânico decidiu hoje que Lucy Letby, uma enfermeira de 33 anos, será condenada à prisão perpétua sem possibilidade de libertação. O caso chocou o Reino Unido e despertou grande comoção na população. A enfermeira, considerada culpada pelos assassinatos de sete recém-nascidos e por outras seis tentativas de homicídio, não compareceu à audiência realizada no tribunal de Manchester, localizado no norte da Inglaterra.
No último dia 18, o tribunal de Manchester considerou Letby culpada pelos assassinatos de sete bebês prematuros e pelas seis tentativas de homicídio cometidas enquanto ela trabalhava em um hospital. Durante o longo julgamento que se estendeu desde outubro de 2022, Letby alegou inocência. A acusação a descreveu como uma pessoa “fria, calculista, cruel e tenaz”.
A enfermeira atuava na Unidade de Terapia Intensiva do hospital Countess of Chester, localizado no noroeste da Inglaterra. Os assassinatos aconteceram entre junho de 2015 e junho de 2016. Letby foi acusada de injetar ar nos bebês através de vias intravenosas e sondas nasogástricas, além de administrar doses excessivas de leite.
“Leia mais notícias Internacionais aqui”
Durante o processo, uma mãe testemunhou que, ao visitar a UTI em agosto de 2015 para entregar leite ao seu bebê prematuro, notou que a criança gritava e apresentava sangue ao redor da boca. Letby tranquilizou a mãe e instruiu-a a voltar para o seu quarto. Segundo a acusação, a enfermeira havia acabado de inserir um instrumento médico profundamente na garganta do bebê, além de injetar ar. Poucas horas depois, a criança faleceu.
Letby atacava os bebês quando os pais estavam ausentes, quando a enfermeira responsável não estava presente ou durante a noite, quando ela ficava sozinha. Em algumas ocasiões, ela participava nos esforços coletivos para salvar os recém-nascidos e até mesmo apoiava os pais em luto, escrevendo cartas para eles.
Com a sentença proferida, a Justiça do Reino Unido busca garantir que Lucy Letby nunca mais represente uma ameaça à sociedade. O caso reforça a importância de procedimentos adequados de seleção e monitoramento dos profissionais de saúde, a fim de prevenir a ocorrência de tragédias como essa no futuro.
