Os hospitais federais do Andaraí e Cardoso Fontes, na zona norte do Rio de Janeiro, retomarão o atendimento de emergência na próxima segunda-feira (3). O funcionamento será em estruturas temporárias até a conclusão das reformas, previstas para o início de 2026. A estimativa é atender até 400 pacientes diariamente.
A iniciativa faz parte do Plano de Reestruturação dos Hospitais Federais do Rio de Janeiro, conduzido pelo Ministério da Saúde, com o objetivo de reduzir a sobrecarga na rede municipal e ampliar o acesso ao Sistema Único de Saúde (SUS).
“Essa é a primeira grande reabertura de um setor essencial para os hospitais. Precisamos destacar que essa retomada representa a chance de salvar vidas. Atualmente, as emergências da cidade estão sobrecarregadas. Além disso, esse é um passo importante para devolver à população hospitais federais operantes e fortalecer o SUS”, declarou Daniel Soranz, secretário municipal de Saúde.
A diretora do Departamento de Gestão Hospitalar do Ministério da Saúde, Teresa Navarro Vannucci, reforçou a importância da iniciativa.
“O ministério acompanha de perto as obras e a retomada dos serviços. Nosso foco é modernizar as unidades e ampliar o atendimento à população. Nossa parceria com a prefeitura do Rio inclui métricas de desempenho e qualidade. É uma ação estruturada que trará benefícios aos usuários.”
Investimentos e gestão descentralizada
A descentralização da gestão dos hospitais do Andaraí e Cardoso Fontes ocorreu em dezembro de 2024. O Ministério da Saúde destinou R$ 150 milhões para a prefeitura e prevê um repasse adicional de R$ 610 milhões para atendimentos de média e alta complexidade na cidade.
Quatro hospitais federais já iniciaram a reestruturação. O Hospital Federal de Bonsucesso passou a estar sob administrado do Grupo Hospitalar Conceição em outubro de 2024. Desde então, houve a contratação de 2 mil novos profissionais, incluindo médicos, enfermeiros, nutricionistas e técnicos de enfermagem.
O Hospital dos Servidores do Estado estuda fusão com o Hospital Universitário Gaffrée e Guinle. A integração deve disponibilizar 500 leitos e ampliar a capacitação profissional com novas vagas para residência médica.
A unidade da Lagoa pode ser incorporada ao Instituto Fernandes Figueira (IFF), vinculado à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Enquanto isso, o Hospital de Ipanema passa por reformas para modernização e ampliação dos serviços.
Garantia de direitos dos servidores
Em suma, o Ministério da Saúde assegura que a reestruturação manterá os direitos dos servidores das unidades hospitalares. Por fim, um canal de atendimento está em funcionamento para esclarecer dúvidas sobre a movimentação voluntária dos profissionais. Assim sendo, as perguntas podem ser enviadas para o e-mail: movimentacaoservidor@saude.gov.br.
Atualmente, as unidades federais contam com 7 mil servidores efetivos e 4 mil temporários.