Eduardo Paes ainda não tem vice para chapa à reeleição | Fernando Frazão/Agência Brasil
O prefeito do Rio e pré-candidato à reeleição, Eduardo Paes (PSD), participará da convenção do partido no próximo sábado sem ter definido o vice de sua chapa para a eleição de outubro.
A escolha, tema central dos meses que antecedem a eleição, deve ter resolução apenas no início de agosto. Embora a decisão ainda siga pendente, Paes teria como preferência o deputado federal Pedro Paulo como principal candidato. Porém, corre por fora o deputado estadual Eduardo Cavaliere, como via alternativa mais provável.
A chapa puro-sangue peessedista ganhou força após o almoço entre Paes e as principais lideranças partidárias de sua base política, no Palácio da Cidade, na segunda-feira (15). Até então, algumas lideranças do PT condicionavam o apoio da sigla à reeleição de Paes à indicação do vice, apontando os nomes de André Cecilliano e Adilson Pires para composição da chapa. Por outro lado, o PDT queria emplacar a deputada estadual Martha Rocha.
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Porém, após o rega-bofe, com participação de caciques do PT, PDT, PCdoB, PV e Solidariedade, todos resolveram acender o cachimbo da paz, dizendo que não deixariam de apoiar à reeleição de Paes, independentemente do vice escolhido por ele. Em contrapartida, enquanto o prefeito não se decide, os nomes indicados permanecem postos. Mas, por obvio, com muito menos força.
Desse modo, a responsabilidade sobre Paes aumentou diante de seus correligionários. Com passe livre para a escolha dada pelos aliados, o prefeito carioca terá de fazer a “escolha de Sofia” entre aliados. Quase sempre, os problemas domésticos são maiores do que os de “fora de casa”.
Entre o preferido e o ideal
À pessoas próximas, Eduardo Paes teria dito que planeja anunciar sua escolha antes de 5 de agosto, data final do prazo para as convenções. Ele até poderia aguardar até o limite final do registro de candidaturas, em 15 de agosto, mas não fará isso, evitando desgastes, pois a campanha já tem início oficialmente no dia 16.
Nesse sentido, fica cada vez mais evidente que a chapa terá Paes e outro nome do PSD, restando saber quem. A convenção de sábado, realizada no primeiro dia autorizado pela Justiça Eleitoral, acontecerá apenas para cumprir tabela, confirmando a candidatura de Paes sem oposição.
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O cargo de vice é especialmente importante este ano devido à possibilidade de Paes deixar o mandato no meio, caso reeleito, para eventualmente concorrer ao governo estadual em 2026. Assim, o vice escolhido assumiria a prefeitura daqui a dois anos. Por isso, Paes quer alguém de sua máxima confiança.
Pedro Paulo se trata do principal aliado político de Paes. No entanto, ele vive à sombra de uma acusação de agressão contra sua ex-mulher, arquivada pelo STF, mas que ainda lhe causa danos políticos. Especialmente, após a eleição de 2016, quando não chegou ao segundo turno, mesmo com o apoio de Eduardo Paes. Naquela eleição, Marcelo Crivella derrotou Marcelo Freixo.
Outro obstáculo para Pedro Paulo, especialmente entre os militantes do PT, é seu voto a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff em 2016. O deputado federal Lindbergh Farias, já antecipou que apoiará a candidatura de Tarcísio Motta (Psol). Tal comportamento poderá se reproduzir em outros nomes da sigla.
Eduardo Cavaliere é a principal alternativa e reflete bem o perfil de Paes. Apesar de jovem, com apenas 29 anos, Cavaliere conquistou a confiança do prefeito ao longo dos anos e assumiu cargos importantes na prefeitura, incluindo a Secretaria de Meio Ambiente antes de chefiar a Casa Civil.
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