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Doenças inflamatórias intestinais: saiba o que são, sintomas e tratamentos atuais

Paciente hospitalizado em cama, representando internações por doenças inflamatórias intestinais.

Aumento nas internações por doenças inflamatórias intestinais chama atenção para diagnóstico e tratamento precoces | Tomaz Silva/Agência Brasil

As doenças inflamatórias intestinais impactam o trato gastrointestinal e levam a milhares de internações no SUS. O que são essas enfermidades, por que crescem e como tratá-las? Este artigo explica.

O Sistema Único de Saúde registrou 170 mil internações por essas doenças na última década. Os casos aumentaram 61% em 2024 na comparação com 2015. Esses dados são da Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP).

“O número de internações aumentou exponencialmente nos últimos anos não só pela severidade dos casos, mas também pelo aumento da incidência, isto é, aparecimento de novos pacientes sem tratamento”, destaca a diretora de comunicação da SBCP, a coloproctologista Ana Sarah Portilho.

As principais doenças inflamatórias intestinais são a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa. Ambas são crônicas e ainda sem cura definitiva, segundo a SBCP. A urbanização e a industrialização parecem influenciar o aumento dos casos, principalmente nas capitais.

“Nosso objetivo é alertar para a importância do diagnóstico precoce e em seguida do tratamento adequado, a fim de proporcionar melhor qualidade de vida ao paciente e até mesmo remissão dos sintomas”, afirma o presidente da SBCP, Sergio Alonso Araújo.

Os sintomas mais comuns incluem diarreia crônica, dor abdominal, perda de apetite e cansaço. Casos graves podem causar anemia, febre e até afetar articulações, pele e olhos.

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O diagnóstico exige exames como endoscopia, colonoscopia e exames de imagem. O tratamento foca em controlar sintomas para garantir qualidade de vida. Isso envolve remédios específicos, alimentação saudável e evitar o tabagismo.

“O tratamento precoce da doença, ou seja, nos primeiros dois anos de sintomas, reduz muito o risco de o paciente vir a precisar de cirurgias, por exemplo, e melhora a resposta dele aos tratamentos. Os estudos mostram que os tratamentos, quando são instituídos mais precocemente, têm uma resposta muito melhor do que quando tardiamente”, afirma Mariane.

Nos últimos anos, avanços terapêuticos ampliaram as opções disponíveis para pacientes. A SBCP aproveita o Maio Roxo para reforçar a importância do diagnóstico precoce e acompanhamento contínuo.

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