Dirigentes do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Estado do Rio de Janeiro (Sepe) foram surpreendidos com a chegada de oficiais de justiça em suas casas na manhã desta sexta-feira (23). Os coordenadores-gerais receberam intimações para que a greve dos professores na rede estadual de Educação seja interrompida e, em caso de descumprimento, terão que pagar uma multa diária de R$ 5 mil. Já o sindicato terá que arcar com uma multa diária de R$ 500 mil.
O Sepe prepara um recurso contra a decisão do Tribunal de Justiça do Rio e mantém a greve até a próxima assembleia, marcada para o dia 29 de junho. No entanto, antes disso, acontecerá uma audiência de conciliação entre a Secretaria Estadual de Educação (Seeduc) e o Sepe, às 15h, na véspera (28), no Tribunal de Justiça.
A categoria iniciou a greve no dia 17 de maio e, em assembleia realizada na quarta-feira (21), os profissionais da educação da rede estadual decidiram continuar com a paralisação. A coordenação-geral do Sepe alegou que não houve proposta apresentada pelo governo e que a decisão do Tribunal de Justiça é ilegal.
Segundo a coordenadora-geral do sindicato, Duda Quiroga, houve algumas quedas na adesão à greve após a decisão da justiça, mas ainda há profissionais parados.
Entre as três principais reivindicações, a categoria exige o pagamento do piso nacional do magistério, reajuste salarial dos funcionários administrativos e a revogação do Novo Ensino Médio.
O Sepe considerou inédito o direcionamento de multa no CPF dos coordenadores-gerais e aguarda a resolução do caso. A reportagem entrará em contato com a Secretaria Estadual de Educação para obter um posicionamento sobre o assunto.