A data de 17 de fevereiro foi escolhida por uma organização italiana de defesa dos animais. A ideia é defender os felinos de perseguições e promover adoções. O tema da campanha foi “Todos juntos contra a superstição”.
Além do Dia Mundial do Gato, comemorado em 17 de fevereiro, outras datas também celebram a existência do gato: Dia de Abraçar Seu Gato, em 4 de junho; Dia Internacional do Gato, em 8 de agosto; esta data foi criada em 2002 pela Internacional Fund for Animal Welfare. Dia Nacional do Gato (nos EUA), em 29 de outubro; Dia Nacional do Gato Preto (nos EUA), em 17 de novembro, entre outros.
As conexões emocionais com os animais de estimação, os vínculos entre humanos e animais são poderosos, e remontam a milhares de anos e que existe uma conexão positiva entre animais de estimação e saúde mental, isso também é inegável. A maioria considerável dos donos de animais pensa que seu bichinho é um membro da família. Os animais de estimação podem muitas vezes ser a única companhia de pessoas solitárias, ou até mesmo, uma companhia agradável e cheia de carinho para idosos, crianças e adultos. E isso é verdade, não importa quantos anos tenhamos. Crianças, adolescentes, adultos e idosos encontram alegria na relação com seus animais de estimação. Portanto, animais de estimação e saúde mental andam de mãos dadas, essa energia, a vibração que trocamos com nossos bichinhos trazem benefícios para a nossa saúde física e mental, comprovados por muitos estudos científicos.
Os animais ajudam na depressão, ansiedade e estresse. Além disso, eles proporcionam companhia enquanto nos trazem alegria e amor incondicional.
Animais de estimação um benefício ter.
A primeira pesquisa sobre animais de estimação e saúde mental foi publicada há 30 anos. O psicólogo Alan Beck, da Universidade de Purdue, em Indiana nos Estados Unidos, e o psiquiatra Aaron Katcher, da Universidade da Pensilvânia, também nos EUA, conduziram o estudo.
Eles mediram o que acontece com o corpo quando uma pessoa afaga seu animalzinho amigo. Os benefícios descobertos foram: queda de pressão arterial; redução da frequência cardíaca; a respiração tornou-se mais regular e a tensão muscular ficou menor.
Todos esses são sinais de estresse reduzido, os níveis do cortisol, o hormônio do estresse diminui, e aumenta a liberação de ocitocina – outro componente químico do corpo que reduz o estresse naturalmente, todas as evidências físicas dos benefícios para a saúde mental a partir do convívio com os animais de estimação, brincar com o bichinho reduz o os hormônios do estresse, após 5 minutos, isso significa que para quem sofre de ansiedade, teria um benefício imediato no alivio dos sintomas, desfrutando da calma e se sentindo mais relaxados, além disso, aumentamos os níveis de serotonina e dopamina, que são os “hormônios da felicidade”.
Existem diversas terapias assistida por animais, a cinoterapia, que é um tratamento complementar que utiliza o contato entre o animal e o paciente, proporcionando bem-estar, assim como, a equoterapia, o cão de apoio emocional, ou o gato de apoio emocional são muitas vezes indicadas e possui ótimos resultados. Os animais de estimação têm um efeito benéfico no estado emocional dos seres humanos, conforme os estudos nos comprovaram. O Brasil tem animais de estimação em 76% das residências.
A popularidade dos gatos só aumenta em todo o mundo. Tanto que muitos apostam que será o animal de estimação mais numeroso nas casas, a consultoria alemã GFK entrevistou 27 mil pessoas em 22 países para descobrir em quais nações há mais bichinhos em casa. A Argentina ficou em primeiro lugar, com 82% das pessoas tendo animais de estimação, seguida pelo México com 81% e o Brasil com 76%.
Em termos globais, os peixes de aquário são os animais de estimação mais populares do mundo, seguidos pelos gatos e, em terceiro lugar, os cães. O Brasil tem apenas uma raça reconhecida internacionalmente pela WCF uma raça de felinos reconhecida. O Pelo Curto Brasileiro, os gatos lideram crescimento de animais de estimação no Brasil são 27,1 milhões de bichanos ronronando e arranhando sofás no país, aponta Censo Pet IPB. No Brasil, aproximadamente 23,9 milhões de lares têm gatos como animais de estimação. Esses felinos são escolhidos por muitas pessoas e famílias para oferecer companhia, carinho, atenção e um amor protetor, cuidadoso e incondicional..
Entendendo a origem dos gatos
Uma pesquisa que foi publicada em 2007 na revista Science, conseguiu rastrear os ancestrais dos bichanos, ou seja, de onde surgiram os gatos, há mais de 100 mil anos. Segundo os cientistas, todos eles vieram do Oriente Médio, os especialistas concluíram que para nascer o que hoje conhecemos como gato doméstico, cinco variedades de felinos cruzaram entre si. Os cruzamentos foram variados até chegar ao que hoje é chamado de Felis silvestris lybica, que é considerado o ancestral direto dos felinos domésticos.
Uma curiosidade que esses cientistas descobriram sobre a origem dos gatos é que ainda existem gatos selvagens com o mesmo DNA (material genético) dos bichanos originais. Esses exemplares foram localizados em, Israel; Emirados Árabes Unidos; Bahrein e Arábia Saudita.
Como foi a aproximação dos felinos com os humanos
Os cientistas também buscaram compreender como surgiram os gatos domésticos e como foi essa aproximação entre homem e felinos. Estima-se que a origem da espécie aconteceu entre 130 mil e 160 mil anos atrás. Entretanto, a aproximação desses felinos com os humanos é algo que mais recente, aconteceu há aproximadamente 10 a 12 mil anos. Foi nessa época que os agricultores teriam começado a fazer o plantio. Com as lavouras crescendo, os roedores acharam um local interessante para se reproduzir e, claro, se alimentar.
Foi então que esses roedores passaram a ser um problema para os agricultores, mas também se tornaram um verdadeiro banquete para os felinos selvagens. Afinal, esses animais descobriram que perto dessas plantações havia muitas caças disponíveis, o que facilitaria a alimentação. Então, os felinos primitivos foram se adaptando e se aperfeiçoando na caça desses roedores.
O que foi interessante para esses animais acabou sendo benéfico também para os agricultores. Afinal, o controle dos roedores era difícil e a proliferação desses animais era grande. Felizes pelos benefícios que os animais caçadores proporcionavam, os agricultores passaram a oferecer alimentos a esses animais. A ideia era encorajar os felinos a ficarem perto da plantação.
E assim começou a amizade entre o Felis silvestris (gato selvagem) e as pessoas. Acredita-se que todas as raças de gatos domésticos que são conhecidas hoje vieram de um mesmo ancestral, o Felis silvestris lybica. A que hoje temos como domésticos é o Felis catus. Essa amizade duradoura, um dia se tornaria mais que necessária, os gatos, protegem a sociedade, promovem saúde, cuidam para que doenças não cheguem até os humanos.
O Surto da Peste Negra e o Gatos
A Peste Negra, também conhecida como peste bubônica, foi uma das pandemias mais devastadoras da história humana. Ela varreu a Europa durante a Idade Média, causando a morte de cerca de 200 milhões de pessoas. Mas o que isso tem a ver com os gatos?
Durante a Inquisição, que durou seis séculos, a Igreja Católica perseguiu suspeitos de heresia, muitas vezes mulheres acusadas de bruxaria. No entanto, os gatos também foram vítimas dessa perseguição. O Papa Gregório IX emitiu uma bula papal chamada “Vox in Rama”, que discutia o uso de gatos pretos por uma suposta seita herege na Alemanha. Após esse decreto, começou um massacre de gatos, e eles passaram a ser vistos como demoníacos ou até a personificação do diabo.
A ideia de que gatos pretos dão azar pode ter surgido desse terrível episódio de fanatismo religioso. Com os gatos sendo massacrados devido a crenças religiosas infundadas, houve uma explosão no aumento da população de ratos em toda a Europa. Esses roedores eram os hospedeiros ideais para as pulgas, que abrigavam as bactérias Yersinia pestis, causadoras da peste.
O resultado? Uma das pandemias mais mortais da história, a peste negra, que dizimou milhões de vidas, ao aniquilarem os gatos, os inquisidores da época cavaram sua própria cova ao perseguir os pequenos felinos, inadvertidamente contribuindo para a disseminação da peste. Uma lição importante sobre as consequências de ações precipitadas e superstições infundadas.
Como é a relação com os gatinhos hoje?
Se a origem dos felinos mostrou uma relação de troca entre pessoas e animais, em relação ao controle de roedores, hoje a história é bem diferente. Os bichanos ocupam os mais variados lares e, em muitos casos, ditam as regras da família.
Afinal, qual é o tutor de gato que nunca foi acordado às seis horas da manhã com um bom ronronar perto do rosto ou com aquelas “massagens”, que só os bichanos sabem fazer, não é? E esse amor é tão grande que a estimativa, como disse, é que quase 24 milhões de gatos vivam em lares brasileiros.
Ao que tudo indica, a tendência é que esse número aumente. Há muitas pessoas optando por ter um felino em casa, ao invés de adotar um cão. Um estudo feito pelo Instituto Pet Brasil mostrou que de 2013 para cá, o número de lares que têm um gato como membro da família cresceu em 8,1%. Esse foi o maior crescimento entre os pets. Os demais foram: peixes com 6,1% de alta; répteis e pequenos mamíferos com alta de 5,7%; aves com crescimento de 5% e os cães com crescimento de 3,8% em sua população.
Com esses números e esse crescimento de gatinhos morando em casas brasileiras, há até uma estimativa de que esses pets passem a ser os mais presentes nas famílias em alguns anos.
Que venham os gatinhos… para nos trazer mais “hormônios da felicidade”.
@ritacarvalhoterapeuta https://www.instagram.com/ritacarvalhoterapeuta/