Brasil

Dia do Amigo: Amor além da amizade

Dia do Amigo: Amor além da amizade

Dia do Amigo: Amor além da amizade | Reprodução

Em Canção da América, música imortalizada na voz do cantor e compositor Milton Nascimento, numa estrofe, ele destaca que “amigo é coisa pra se guardar no lado esquerdo do peito”, uma referência poética ao coração. Porém, para celebrar o Dia do Amigo, comemorado em 20 de julho, vamos conhecer uma história em que outro órgão do corpo humano selou uma grande amizade.

Trata-se de Adélia, de 36 anos, que doou um rim ao amigo Sidney, de 56 anos, que sofria há quase três anos com Doença Renal Crônica (DRC), com risco de evoluir para o estágio de falência renal funcional.

+ LEIA TAMBÉM: ►Uma história linda para celebrar o Dia do Amigo

Esse ato entre amigos é chamado doação entre vivos de pessoas não aparentadas, ou seja, que não possuem laços consanguíneos. Por lei, pessoas de uma mesma família podem fazer esse tipo de doação – parentes até quarto grau ou cônjuges. Já as pessoas sem parentesco precisam da expedição de um alvará de autorização judicial.

O dr. Alan Castro, nefrologista e médico transplantador do Complexo Hospital de Niterói (CHN), da Dasa, destaca que, segundo o Registro Brasileiro de Transplantes da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos, a sobrevida do receptor é maior em cinco anos quando o transplante é realizado com doador vivo em vez de doador falecido.

“Essa diferença se deve à melhor qualidade do órgão a ser implantado. Entretanto, apesar do benefício, a taxa de transplantes por milhão de população (pmp) é bem baixa quando comparada com a do doador falecido. Em 2023, por exemplo, as taxas no Brasil foram de 18,65 pmp para doador falecido enquanto, para doador vivo, foram de 4,78 pmp”, enfatiza o médico.

+ MAIS NOTÍCIAS DO BRASIL? CLIQUE AQUI

O critério para a doação entre vivos sem parentesco é a compatibilidade sanguínea e imunológica entre doador e receptor. O doador também precisa ter mais de 18 anos e passar por uma bateria de exames clínicos e laboratoriais, além de realizar os trâmites legais envolvidos para que tudo aconteça de acordo com a lei.

Sidney dos Santos Gomes sofria de Doença Renal Crônica (DRC), que é uma condição que prejudica, de forma progressiva, o funcionamento dos rins, levando ao estágio de falência renal funcional, situação em que esses órgãos deixam de filtrar o sangue.

“Por quase três anos, sofri com esse distúrbio, que me privou de muitas atividades e me levou a fazer hemodiálise para viver. Mas, hoje, depois do transplante, que pude realizar por intermédio da generosidade de minha amiga de mais de 10 anos, tenho qualidade de vida, estou muitíssimo bem, graças a Deus, e sou outra pessoa”, comemora.

Adélia Maria Mariano Siquera conta que, quando realizou os testes de compatibilidade, que foram positivos, não teve dúvidas de que queria ser a doadora:

“Eu me sinto muito privilegiada por Deus por ter conseguido dar essa nova oportunidade de vida a meu amigo. Considero que esse ato foi uma das coisas mais importantes que já fiz na vida. Ver o Sidney hoje bem é muito gratificante para mim”, desabafa em seu gesto de puro altruísmo.

 

Itaipu-Itaipuaçu: Caminhão causa grave acidente na RJ-102, a estrada da SerrinhaItaipu-Itaipuaçu: Caminhão causa grave acidente na RJ-102, a estrada da Serrinha

Você também pode gostar

Deixar uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais em:Brasil