O presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Detalhes da queda revelam a gravidade do acidente Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo
Na manhã de ontem (22), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou a equipe médica do Hospital Sírio-Libanês aliviada, após a realização de exames que confirmaram sua estabilidade. O boletim médico indicou que, apesar do recente acidente no Palácio da Alvorada, Lula está apto a continuar suas atividades diárias. Entretanto, o documento não se pronunciou sobre a possibilidade de viagens, apenas informou que novos exames de controle seriam feitos em 72 horas.
O que aconteceu no último sábado (19) foi inesperado. Lula, ao tentar cortar as unhas dos pés, se desequilibrou ao sentar-se em um banco do banheiro, resultando em uma queda que o levou a receber cinco pontos na região da nuca. Sozinho naquele momento, o presidente se assustou com o tombo, enquanto a primeira-dama, Rosângela da Silva, rapidamente correu para ajudá-lo.
Os primeiros exames de imagem revelaram uma pequena hemorragia no cérebro. Embora a situação não tenha evoluído para algo mais grave, a equipe médica recomendou precauções, como evitar viagens de longa distância, incluindo sua participação na Cúpula de Líderes do Brics, programada para ocorrer em Kazan, na Rússia.
“Ao comparar com o exame anterior, a imagem está estável”, ressaltou o boletim.
O presidente, que se recupera sob os cuidados de seu médico pessoal, Roberto Kalil Filho, e da médica da Presidência, Ana Helena Germoglio, permanece sob vigilância médica contínua.
De acordo com um auxiliar, Lula ainda sente desconforto no local da sutura, mas mantém sua agenda normal no Palácio. Em uma conversa telefônica com o candidato do PT à Prefeitura de Camaçari, Luiz Caetano, Lula descreveu o acidente.
“Grave, mas sem danos a partes mais delicadas”. Ele enfatizou que aguardaria alguns dias para avaliar as consequências do impacto.
A recuperação de Lula é observada com atenção, tanto por seus apoiadores quanto por opositores, pois representa não apenas um teste pessoal, mas também um reflexo do estado da política brasileira atual. Resta saber como essa situação se desenrolará nos próximos dias e quais serão as implicações para sua agenda política e suas futuras viagens.
