
Dos 300 detidos, 22 torcedores do Peñarol foram presos e escoltados para São Paulo, onde será a audiência de custódia. (Reprodução)
Na quarta-feira (23), uma confusão envolvendo torcedores do Peñarol no Recreio dos Bandeirantes terminou com a prisão de 22 pessoas e a apreensão de um adolescente. A Polícia Civil do Rio de Janeiro individualizou as condutas dos envolvidos após analisar imagens de câmeras de segurança e vídeos divulgados na imprensa. Todos os detidos foram encaminhados para a Polinter e prestarão depoimento em uma audiência de custódia marcada para esta quinta-feira (24).
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Crimes atribuídos aos envolvidos no tumulto
Os 22 torcedores foram autuados por crimes como porte ilegal de arma de fogo, furto, lesão corporal, dano qualificado, incêndio, associação criminosa, resistência, desobediência, desacato, rixa, injúria racial e corrupção de menores. Eles também foram enquadrados no artigo 201 do Estatuto do Torcedor, que pune quem promove brigas, incita a violência ou invade áreas restritas em eventos esportivos. Este artigo prevê penas de um a dois anos de prisão, além de multa.
O adolescente apreendido também foi acusado por crimes semelhantes, incluindo associação criminosa e incêndio, além de violar o Estatuto do Torcedor. Ele foi encaminhado à Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) e será julgado pela Vara da Infância e da Juventude.
Identificação e ações da polícia
As autoridades conseguiram identificar os envolvidos no tumulto por meio de câmeras de segurança e vídeos compartilhados pela imprensa. Inicialmente, cerca de 300 pessoas foram detidas, mas somente 22 foram indiciadas após a análise das provas. A confusão começou no final da manhã, próximo ao posto 12, quando um torcedor foi preso por furtar um celular em uma padaria. A prisão gerou revolta entre os demais torcedores, que começaram a brigar com banhistas na praia, escalonando a violência.
Repercussão entre autoridades e escolta dos detidos
A situação gerou grande repercussão entre autoridades locais. O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, repudiou os atos de violência e ordenou a prisão de todos os envolvidos. Ele ainda declarou que os torcedores deveriam ser levados para outros estados. O prefeito Eduardo Paes, por sua vez, afirmou que havia alertado a polícia sobre o risco de uma concentração de torcedores naquela área. Em resposta, o secretário de Segurança admitiu falhas no planejamento, embora tenha ressaltado que o tumulto poderia ter ocorrido em qualquer local.
Os detidos foram escoltados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) até São Paulo, onde permanecerão até a audiência de custódia, prevista para as 9h desta quinta-feira (24).