
Depois das barcas, metrô também pode ter redução de tarifa | MetrôRio/Divulgação.
Usuários do metrô do Rio de Janeiro podem ter uma notícia em breve. A redução do valor da passagem deste modal. Assim como as barcas que fazem a travessia entre a Praça Arariboia e o Catamarã de Charitas, o transporte ferroviário pode gerar menos impacto ao bolso do cidadão. Isso porque o deputado estadual Professor Josemar entrou com pedido no Tribunal de Contas do Estado para a redução do preço do bilhete.
O TCE aceitou o pedido do parlamentar e oficiou a Agência Estadual dos Transportes, a Agetransp, e a Secretaria Estadual dos Transportes, que não responderam à demanda até o momento.
Conforme explica o deputado, os reajustes da tarifa deveriam ocorrer com base no IGP-M, e não o IPCA. Como resultado, isto torna o preço 28% mais caro.
Esse valor atuar leva a população carioca a gastar R$ 330,00 mensais só de passagem ida e volta no Metrô. Isso limita e onera indevidamente o direito de ir e vir da população e ainda por um serviço que está longe de ter a qualidade que desejamos”, afirmou.
Usuários concordam com iniciativa
O portal Folha do Leste conversou com dois moradores do Rio que usam o transporte: Michel Menaei e Viviane Bôscoli.
Ambos concordam que o valor de R$ 7,70 é “um absurdo”. Além disso, os dois também fizeram a opção pelo cadastro no Bilhete Único. Acima de tudo, para o valor ficar dentro do orçamento da casa.
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Morador de Copacabana, na Zona Sul do Rio, Menaei usa o metrô uma vez por semana por causa do trabalho. Ele considera o valor desproporcional pelo fato da malha ferroviária ter, apenas, duas linhas na prática.
Essa taxa é um absurdo para um sistema metroviário de apenas duas linhas. Afinal, a Linha 4 é uma extensão da Linha 1. Geralmente, vou da estação Cantagalo até a de Botafogo. Ida e volta. Passei a fazer uso com frequência apenas após o subsídio do Bilhete Único Intermunicipal (BUI). Não tive outra opção a não ser usar este recurso para pagar um valor mais em conta”, argumentou Menaei.
Bilhete Único virou solução para estudos das filhas
Moradora da Tijuca, na Zona Norte, Viviane fez a mesma opção do Bilhete Único por causa das duas filhas. Atualmente, elas são estudantes universitárias.
Tenho duas filhas, Natália, de 25 anos, que tá concluindo Medicina, e a Elisa, de 18, que começou enfermagem. Ambas estudam na UFRJ. Elas tiveram que fazer o Bilhete Único porque precisam usar o metro com frequência”, conta
Viviane ressalta que Natália, inicialmente, não usava tanto. Contudo, após a metade do curso, tinha que pegar esse transporte todos os dias para ir aos estágios.
Como é obrigatório fazer internato em vários hospitais, então ela ia para Laranjeiras, Botafogo, Flamengo e alguma Clínica da Família de algum bairro.
Já falando sobre o contexto da Elisa, Viviane lembra que mesmo antes da filha entrar para a faculdade, ela já se deslocava da casa do pai, no Largo do Machado, para ir ao pré-vestibular na Tijuca.
“Pegava todo dia metrô para ir e para voltar. Realmente, essa tarifa é super abusiva, muito alta. Para não pesar no meu orçamento, tive que fazer o Bilhete Único para elas”, explicou.
Embora reconheça usar pouco, Viviane argumenta sobre quem precisa usar outros modais além do metrô.
Eu, particularmente, uso pouco. Se tivesse que usá-lo com mais frequência seria bem pesado financeiramente. Imagina para quem mora longe e tem que pegar, além do metrô, outras conduções, como BRT ou trem?”, questiona Viviane.
Ato para redução do valor
No último dia 13, quinta-feira da semana passada, o deputado Professor Josemar realizou o ato “Dia D pela redução das passagens do Metrô”.
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Na ocasião, houve coleta de assinaturas em prol da ação nas estações Flamengo, Central, Botafogo, Largo do Machado, Carioca e Pavuna.