

Quase 3 mil denúncias de atendimentos oftalmológicos irregulares no país | Bruno Peres/Agência Brasil
Desde 2017, quase 3 mil denúncias de atendimentos ou procedimentos oftalmológicos irregulares foram registradas no Brasil, segundo dados divulgados nesta terça-feira (26) pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO).
O conselho aponta aumento das representações envolvendo pessoas sem formação em medicina, especialmente em óticas e estabelecimentos comerciais, oferecendo exames, diagnósticos e prescrição de lentes de forma ilegal. Entre janeiro de 2017 e junho de 2025, foram registradas 2.950 denúncias, sendo 142 apenas no primeiro semestre deste ano.
Em nota, o CBO destacou que o problema não é apenas legal, mas representa um risco à saúde pública, alertando para a necessidade de a população buscar atendimento exclusivamente com médicos oftalmologistas.
Normas de segurança
Segundo o CBO, os exames oftalmológicos devem ser realizados por profissionais com registro no Conselho Regional de Medicina (CRM) e com Registro de Qualificação de Especialista (RQE).
Além disso, os atendimentos devem ocorrer em locais que cumpram exigências da Anvisa, incluindo estrutura física adequada, equipamentos certificados e condições sanitárias apropriadas.
O descumprimento dessas normas, comum em óticas e estabelecimentos comerciais, compromete segurança, eficiência e qualidade do atendimento.
Debate no Congresso
O aumento de denúncias será tema do 69º Congresso Brasileiro de Oftalmologia, que começa nesta quarta-feira (27) em Curitiba e segue até sábado (30). O evento reunirá especialistas, pesquisadores e representantes de inovações tecnológicas voltadas para a saúde ocular.