Foto: Divulgação
A Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) informa que, mesmo com o aumento significativo do número de casos prováveis de dengue no estado do Rio de Janeiro em 2023, não há, atualmente, epidemia da doença em nenhum dos 92 municípios.
Embora algumas cidades apresentem alta incidência da doença, com número de casos acima do esperado para o período, a taxa ainda está abaixo dos índices históricos durante epidemias. As cinco cidades que registraram mais casos até agora são: Rio de Janeiro (18.134), Campos dos Goytacazes (2.891), Itaperuna (1.989), Angra dos Reis (1.490) e Duque de Caxias (1.221).
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A SES-RJ monitora a situação da doença por meio do Diagrama de Controle, seguindo a metodologia do Ministério da Saúde. O Diagrama pode ser acessado no Painel Monitora, disponível no link https://monitorar.saude.rj.gov.br/. Esses dados são utilizados para prevenir e orientar as ações a serem implementadas pelos municípios, de acordo com o cenário epidemiológico.
“Municípios no Noroeste Fluminense e na Baixada Litorânea estão em situação de alerta, mas não de epidemia. O cenário aponta para um aumento contínuo no número de casos até o verão, podendo haver surtos localizados em áreas específicas. É importante ressaltar que não há comprometimento da rede de assistência em nenhum município”, explica Mário Sergio Ribeiro, subsecretário de Vigilância e Atenção Primária à Saúde da SES-RJ.
Quando um município está em alerta, a SES-RJ atua junto à secretaria municipal de Saúde para implementar um plano de contingência que inclui ações de controle e assistência médica para diferentes cenários.
“É responsabilidade dos municípios declararem estado de epidemia, não do estado. A SES-RJ monitora, orienta e complementa as ações dos municípios com base em uma metodologia consolidada”, ressalta Mário Ribeiro.
A SES-RJ já está colocando em prática o Plano Estadual de Contingência. Iniciou-se na última sexta-feira, 20/10, as reuniões com representantes dos municípios, chamadas de Câmaras Técnicas, para discutir a situação atual, projeções e planejamento de combate à dengue e outras arboviroses. As primeiras reuniões foram realizadas na Baía da Ilha Grande e no Médio Paraíba, e até quinta-feira, 26/10, serão realizadas com as regiões Serrana, Baixada Litorânea, Centro Sul e Metropolitana 1 (terça, 24/10); Metropolitana 2, Norte, Noroeste (quarta, 25/10); e Noroeste (quinta, 26/10).
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A SES-RJ também está fornecendo apoio para a estruturação de centros de hidratação nos municípios que necessitarem diante de um cenário de epidemia.
“Estamos preparados para todos os cenários possíveis”, completa o subsecretário de Vigilância e Atenção Primária.
Além disso, a Secretaria oferece um programa de capacitação técnica específico para o atendimento clínico de arboviroses, direcionado a médicos e enfermeiros de todos os municípios. No primeiro semestre deste ano, foram realizadas capacitações para as 9 regiões de saúde.
De janeiro até o momento, o estado do Rio de Janeiro registrou 39.369 casos prováveis de dengue, em comparação com 9.926 casos no mesmo período de 2022. Houve aumento nos casos tanto na capital quanto em todas as regiões do estado. Os maiores números de casos prováveis são observados na capital e na região Noroeste Fluminense. As regiões com maiores taxas de transmissão são a Noroeste e a Baixada Litorânea.
