Especial Carnaval 2024

De volta ao Especial, Porto da Pedra quer se manter na elite

Ensaio da Unidos do Porto da Pedra – Reprodução/Redes sociais/Porto da Pedra

Dez anos depois, o tigre de São Gonçalo está de volta ao Grupo Especial. Embalada pelo título da Série Ouro em 2023, a Unidos do Porto da Pedra quer se firmar como uma das forças da elite do Carnaval carioca. A escola abrirá o Carnaval Carioca, neste domingo (11).

Em 2024, a Unidos do Porto da Pedra vai apresentar o enredo “Lunário Perpétuo – A profecia do saber popular”, criado pelo carnavalesco Mauro Quintaes. A escola vai desfilar no Grupo Especial carioca, e vai ser a primeira a entrar no domingo, dia 11 de fevereiro. Por entender a Avenida Marquês de Sapucaí como um grande palco onde o povo é soberano, a agremiação promete celebrar o saber popular utilizando o “Lunário Perpétuo”, seus ensinamentos e desdobramentos, como guia precioso do enredo do Carnaval 2024.

A Porto da Pedra encontrou esta história guardada feito tesouro nas faces, nas vozes e na singularidade de nosso país. A profética para o “esperançar” de um Brasil mais brasileiro. É alquimia, sertão, sol e lua, viola e rabeca. É o nosso… “Lunário Perpétuo: A Profética do Saber Popular”. Pois nos varais de cordel, nas praças e nas mãos do povo, a sabedoria é chave da libertação.

Com os anos, o lunário compilou outros saberes, viajou o mundo, foi proibido e se refez. Aqui no Brasil, desembarcou no século XVIII com tradução de Antônio da Silva de Brito, e tempos depois, lá pelas bandas do sertão, se tornou objeto precioso.

Ensaio da Unidos do Porto da Pedra – Reprodução/Redes sociais/Porto da Pedra

O samba-enredo tem autoria de Guga Martins, Passos Júnior, Gustavo Clarão, Lucas Macedo Leandro Gaúcho, Clairton Fonseca, Richard Valença, Gigi da Estiva, Abílio Jr., Marquinho Paloma, Cristiano Teles e Ailson Picanço.

Letra do Samba-enredo

Olhe pro céu onde a Lua vagueia, ô
As estrelas brilham no chão
Sabedoria é a luz que clareia
Porto da Pedra do meu coração
Sou seu Lunário, conselheiro imortal
Já folheando cada ponto cardeal
Alquimia de almanaque (sou eu, sou eu)
Cada toque do atabaque (sou eu, sou eu)

Quem acendeu as lamparinas desse céu?
Quem acendeu as lamparinas desse céu?
No Brasil, os retirantes são os astros de cordel
O sertão profetizou, cada flor do cariri
A ciência desse povo eu não guardo só pra mim
Separei as folhas secas misturadas no pilão
Confiei à rezadeira uma nova oração

Só porque eu escolhi (navegar por esse mar)
A viola perguntou (para o santo do lugar)
Responda, meu sinhô, será que é amor?
Meu povo vai passar
Só porque eu escolhi (navegar por esse mar)
A viola perguntou (para o santo do lugar)
Responda, meu sinhô, será que é amor?
Meu povo vai passar

Tanta gente esperou por esse dia
O pincel, a cantoria, nunca foi ponto final
E lá do auto, como a vida é um repente
O estandarte vai na frente, muito mais que carnaval

Vem, Antônio, vem, menino
Seu destino é cirandar
Um brincante nordestino
A missão: Perpetuar!

Quarto minguante, a moringa quase seca
Maré virou, virou luar
Tem alambique pra beber na quarta-feira
Okê, caboclo, tempo bom vem pra ficar
Quarto minguante, a moringa quase seca
Maré virou, virou luar
Tem alambique pra beber na quarta-feira
Faltava o Tigre pro Lunário completar

 

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