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Curso mensal de qualificação na construção civil atrai mulheres

Curso de qualificação na construção civil para mulheres

Curso mensal profissionalizante  de qualificação de mulheres para trabalhar na construção civil abre portas para novas profissionais no setor | Divulgação

A participação feminina na construção civil tem crescido impulsionada por programas de capacitação profissional. Apesar de ainda ser um setor predominantemente masculino, iniciativas de qualificação vêm abrindo portas para mulheres que desejam ingressar na área.

Empresas como o Grupo ICF investem em cursos especializados, preparando novas profissionais para o mercado. A história de Edna Silva, pedreira que buscou aprimoramento técnico para ampliar suas oportunidades, exemplifica essa transformação, evidenciando como a formação pode ser um fator decisivo para a inclusão e o avanço feminino na construção civil.

A presença feminina na construção civil tem aumentado nos últimos anos, mas ainda enfrenta desafios significativos. Apesar dos avanços na inclusão e na capacitação, o setor segue majoritariamente masculino.

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De acordo com o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (CONFEA), as mulheres representam apenas 20% dos profissionais registrados nos 27 Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia (CREAs). Do total de 1,1 milhão de profissionais, apenas 200 mil são mulheres, incluindo engenheiras, agrônomas, meteorologistas, geógrafas e geólogas.

No mercado de trabalho, a realidade também é desafiadora. Segundo a pesquisa “Mulheres na Construção: Evolução e Protagonismo”, realizada pelo Sienge e pelo Portal AECweb, 77% dos profissionais do setor ainda identificam preconceito em relação à atuação feminina na área.

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Além disso, a engenharia civil é o segundo curso superior com maior participação masculina no Brasil, com 70,6% dos estudantes sendo homens, de acordo com o Resumo Técnico do Censo da Educação Superior, do Ministério da Educação.

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A construção civil é um dos setores mais importantes da economia brasileira, gerando milhões de empregos e movimentando cifras expressivas. Em 2023, o setor faturou cerca de R$ 2 trilhões, respondendo por aproximadamente 7% do PIB nacional. Com um crescimento projetado de 2,5% ao ano, a demanda por mão de obra qualificada segue alta, abrindo espaço para novos profissionais, inclusive mulheres, ingressarem na área.

A falta de qualificação profissional é um dos entraves para o avanço do setor. Para suprir essa deficiência e preparar mão de obra especializada, algumas empresas estão investindo na capacitação de trabalhadores da linha de frente, como pedreiros, pintores e serventes de obra.

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O Grupo ICF, por meio da ICF Argamassas, promove mensalmente cursos para a formação de profissionais na aplicação de novos produtos e tecnologias inovadoras no setor.

“Nosso objetivo é reduzir o déficit de qualificação, oferecendo treinamento para aqueles que estão no dia a dia das obras, garantindo qualidade e segurança na execução dos serviços”, afirma Rafael Santos, diretor técnico da ICF Argamassas.

Edna Silva, por exemplo, constitui um caso da transformação que vem acontecendo no setor. Pedreira experiente, deixou Campinas para se especializar em um curso profissionalizante em Americana. Ela queria aprimorar seus conhecimentos, bem como abrir novas oportunidades no mercado.

“Sempre trabalhei com dedicação, mas senti que precisava aprender mais para crescer na profissão. O curso foi uma grande oportunidade para isso”, conta Edna. Com determinação e capacitação, ela espera não apenas melhorar sua técnica, mas também inspirar outras mulheres a ingressarem na construção civil.

Com o avanço da industrialização, novas tecnologias e um crescente incentivo à diversidade, a tendência é que o espaço das mulheres na construção civil aumente. O investimento em qualificação e a quebra de paradigmas culturais são essenciais. Principalmente, para que mais mulheres possam ocupar cargos de liderança e atuar em todas as frentes do setor.

 

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