A Cubango aconteceu e novamente está aí, como bem diz seu samba exaltação, pronta para voltar alegre e solta para a Sapucaí. Mesmo após o tempo ruim, vivido no ano passado, quando por muito pouco não acabou rebaixada para a Série Prata, dessa vez ela desfilou quase perfeita.
Mesmo com o atraso no horário de seu exuberante desfile, por conta de um carro quebrado em plena Avenida da Lins Imperial, a verde e branco mostrou que sempre está pronta para sambar e cantar a qualquer hora. Afinal, para alegria do torcedor da verde e branco, para ser Cubango não se conta até três.
O desfile celebrou a força da cultura afro-brasileira, com foco na deusa Iyamí e na Bahia. Homenageou à matriarca, à ancestralidade e à religiosidade afro-brasileira. O desfile teve alegorias vibrantes e fantasias ricas em simbolismo. Enfim, uma apresentação de gala, sobretudo, arrebatadora, em quase todos os quesitos.
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No entanto, a agremiação enfrentou um problema: harmonia. Percebemos um pouco de falta de força do canto em algumas das alas. Porém, este mesmo problema aconteceu com outras agremiações concorrentes da Cubango.
Apesar disso, a Cubango passou bem demais. Há de se destacar o trabalho desenvolvido pela comissão de carnaval, desenvolvimento artístico e cenográfico de seu enredo. As alegorias e fantasias luxuosas e criativas devem garantir nota 10, tal qual os quesitos de chão.
Por fim, os herdeiros de mãe preta mostraram que tem força pra resistir. Pois Cubango mostrou que é firmamento.