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Crise hídrica atinge o Rio e afeta abastecimento de água

Crise hídrica atinge o Rio e afeta abastecimento de água

Crise hídrica atinge o Rio e afeta abastecimento de água | Divulgação/Cedae

A crise hídrica que atinge o Rio de Janeiro já começa a impactar os principais reservatórios do estado. O volume de água na Região Hidrográfica do Guandu, responsável por abastecer 9 milhões de pessoas, está em queda. O sistema Imunana-Laranjal, que atende outras 2 milhões de pessoas, também foi afetado, com uma redução de 10% na capacidade de operação nos últimos dias.

Nesta terça-feira (17), a produção de água do sistema Imunana-Laranjal voltou a subir, alcançando 95% de sua capacidade após as chuvas registradas. Segundo o Sistema de Informações Geográficas e Geoambientais (Siga) do Comitê Guandu, a quantidade de água disponível na Região Hidrográfica do Guandu, que abastece a capital e a Baixada Fluminense, segue em declínio. O reservatório está atualmente com 67,23% de sua capacidade, tendo atingido seu maior nível de 2024 em abril, com 97,40%.

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O sistema Imunana-Laranjal atende municípios como Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, e áreas de Maricá. A Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) afirmou que, após a recente recuperação, o sistema opera com 95% de sua capacidade. Nos últimos dias, a produção chegou a cair para 90%, principalmente devido à seca que afeta os rios Guapiaçu e Macacu, essenciais para o abastecimento da região.

Em reunião com o Gabinete de Crise no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), o governador do Rio, Cláudio Castro, destacou que um plano de contingência foi elaborado para enfrentar a crise. Entre as medidas estão o uso de carros-pipa para abastecimento e intensificação dos trabalhos de dragagem dos mananciais. As ações visam minimizar os impactos da estiagem e garantir a continuidade do fornecimento de água.

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As represas do Sistema Acari, que abastecem cerca de 1 milhão de pessoas na Baixada Fluminense, enfrentam uma situação crítica. O sistema está operando com apenas 50% da média histórica de setembro. Na Costa Verde, os níveis dos mananciais que abastecem Mangaratiba e Itaguaí caíram para 60% de sua capacidade, impactando o abastecimento de água nas duas cidades.

No Norte Fluminense, Macaé também está em alerta devido à redução da disponibilidade hídrica no principal manancial da cidade. Embora o sistema ainda opere com capacidade máxima, a continuidade da estiagem pode comprometer o abastecimento. A Cedae monitora constantemente os níveis dos rios e solicita à população que use água de forma equilibrada, adiando tarefas que exijam grande consumo.

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A cidade de Guapimirim, na Baixada Fluminense, enfrenta a maior estiagem já registrada, com 40 dias sem chuvas significativas. O Rio Soberbo, que abastece a região central do município, está com níveis críticos. A prefeitura decretou estado de emergência e iniciou o fornecimento de água por meio de carros-pipa. Um esquema de rodízio foi implementado para garantir que todas as regiões recebam água de forma alternada.

A estiagem também impacta o Rio Paraíba do Sul, principal afluente do estado. O Reservatório do Funil, no Sul Fluminense, está com apenas 27,84% de sua capacidade, o que gera riscos à geração de energia elétrica. Especialistas alertam que, apesar da situação não ser tão grave devido às chuvas do início do ano, é essencial que os reservatórios sejam reabastecidos durante o verão para evitar colapsos durante o inverno.

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