Niterói

Criminosos ameaçam comerciantes na Região Oceânica

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Bandidos especializados no “golpe do Pix” estão amedrontando comerciantes da Avenida Central e arredores, na Região Oceânica de Niterói. Os criminosos ligam e pedem importâncias em dinheiro, ameaçando assaltar os estabelecimentos caso não sejam feitos os depósitos. Segundo a polícia, tudo não passa de um golpe.

 

Um comerciante, que preferiu não se identificar, relatou como aconteceu uma das abordagens, nesta semana. De acordo com o homem, casos semelhantes já tinham acontecido ano passado.

 

Já ligaram para a gente no ano passado, se identificando como bandidos. Eles ligam de número restrito e botam o maior terror. Chegaram até a falar uma vez que eram milicianos”, disse.

 

Delegado diz que “é golpe”

 

O delegado Lauro Rangel, titular da 81ª DP (Itaipu), delegacia que atende à região, tranquilizou os lojistas. Rangel frisou que tudo não passa de um golpe aplicado à distância. Ele orientou que, caso alguém receba alguma comunicação contendo ameaças, não responda e, se achar necessário, registre boletim de ocorrência.

 

Sem registro sobre esse fato, mas é mais uma tentativa de golpe. Eu oriento ignorar as investidas. Mas, se a pessoa quiser, ela pode registrar”, disse o delegado.

 

Advogada orienta

 

A advogada Patrícia Otávio Almeida também entente que se trata de tentativa de golpe. Mas reforça que a ocorrência deve ser registrada.

 

“Também entendo como tentativa de golpe. Mas há crime, pois há fato determinado tipificado no Código Penal. E se há crime, pode e até deve registrar a ocorrência, mesmo sem a identificação do criminoso, pelos crimes de tentativa de extorsão, e ameaça. Isso, no meu entendimento, vai ajudar os sistemas de segurança pública do estado, a identificar esse tipo de ocorrência. E a elaborar estratégias para maior proteção das vítimas, que, certamente, sentem-se intimidadas pelos bandidos”, disse.

 

Ela também entende que há meios de identificar os suspeitos.

 

Mesmo que a ligação seja de número restrito, a investigação policial tem como buscar junto às operadoras de telefonia a identificação de quem efetuou a chamada”, frisou.

 

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