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Crimes em Itaboraí: Polícia faz operação em presídios de Bangu

Crimes em Itaboraí

Crimes em Itaboraí: chefes controlam tudo de dentro de presídio | Tânia Rêgo/Agência Brasil

Na manhã desta quarta-feira (13), a Polícia Civil do Rio de Janeiro deflagrou a Operação Quartzo contra a atuação da facção criminosa Comando Vermelho (CV), em Itaboraí, no Leste Fluminense. A ação simultânea em dois presídios de Bangu (2 e 3), no Complexo de Gericinó, desarticulou um esquema milionário comandado por chefes da facção de dentro das grades.

R$ 15 milhões por mês em taxas ilegais

Segundo investigações da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD), os criminosos presos nos presídios Alfredo Trajan (Bangu 2) e Gabriel Castilho (Bangu 3) utilizavam celulares para extorquir empresas e moradores de Itaboraí. A cobrança de taxas ilegais para serviços essenciais como água, TV a cabo e gás de cozinha rendia à facção cerca de R$ 15 milhões mensais.

Funcionários de empresas cúmplices

Assim sendo, a investigação revelou que as empresas que desejavam operar nas áreas dominadas pelo CV eram obrigadas a pagar propina que chegava a 50% do faturamento. Os moradores não tinham escolha, ao passo que eram obrigados a consumir os serviços das empresas escolhidas pela facção.

72 mandados em sete cidades

A Operação Quartzo mobilizou 300 policiais civis. Neste ínterim, cumpriu 72 mandados de busca e apreensão em sete municípios: Rio de Janeiro, Niterói, São Gonçalo, Maricá, Cabo Frio, Arraial do Cabo e Itaboraí. Funcionários de concessionárias de serviços públicos também participaram da ação, que contou com o apoio da inteligência da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap).

Alvos da operação

A mira da Polícia Civil estava em seis chefes do CV que comandavam o esquema de dentro dos presídios:

  • Lindomar de Oliveira Brant, o Dodô da Reta Velha
  • Marcelo da Silva Soares, o Macarrão
  • Márcio Gomes Moreira, o Márcio Sabó
  • José Ricardo Couto e Silva, o Ricardo Paiol
  • Pio Danton Rodrigues Filho, o Piu
  • Júlio César Simão de Souza, conhecido como Magrinho ou Olho de Vidro

Objetivos da operação

Em suma, a ação busca desarticular a estrutura do CV em Itaboraí e desmantelar o esquema de cobrança de taxas ilegais. Os policiais estão em busca de armas de fogo, bem como  munições, celulares, computadores, cabos e modems. Igualmente, procuram por documentos que comprovem as atividades criminosas da facção.

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