Uma criança de três anos morreu em Videira, no Oeste de Santa Catarina, após ser esquecida dentro de um carro por cerca de 10 horas. O fato ocorreu na última sexta-feira (26) e está sendo investigado pela Polícia Civil como homicídio culposo.
Segundo o delegado Édipo Flamia Hellt, o menino teria ficado trancado no veículo das 7h às 17h. A madrasta, que é companheira da mãe da criança, relatou que saiu pela manhã para levar a mulher ao trabalho e esqueceu de deixar o menino na creche.
Após retornar para casa, ela estacionou o carro, trancou o veículo e seguiu para o próprio serviço utilizando uma bicicleta.
Socorro foi acionado, mas criança já estava sem vida
Quando voltou no final da tarde para buscar o menino na creche, a madrasta encontrou a criança ainda dentro do automóvel. O socorro foi chamado, mas os bombeiros constataram que o menino já não apresentava sinais vitais.
A Polícia Científica esteve no bairro Portal das Videiras para realizar a perícia. O laudo oficial, que determinará a causa da morte, ainda é aguardado.
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Além disso, câmeras de segurança da região também serão analisadas para esclarecer a dinâmica do caso.
Madrasta alegou sintomas gripais da criança
À Polícia Civil, a madrasta informou que a rotina da família incluía deixá-la no trabalho e, em seguida, levar a criança à escola. Na sexta-feira, porém, o menino estava com sintomas gripais, foi medicado e demonstrava comportamento mais sonolento.
“[a Madrasta] chegou em casa por volta das 7h, 7h10 e trancou o carro, pegou a bicicleta e foi até a cidade vizinha trabalhar. Retornou ao meio-dia, passou por esse veículo e foi fazer as suas atividades. Às 17h30, aproximadamente, quando ela pegaria o veículo para ir até a creche para pegar a criança, ela chegou no local e constatou que a criança estava dentro”, relatou o delegado.
Investigação aponta convivência pacífica
Durante o depoimento, a mulher informou que mantém relacionamento com a mãe da criança há cerca de quatro anos. Segundo ela, a convivência era tranquila e não havia relatos anteriores de conflitos familiares.
A madrasta também afirmou que realiza tratamento psicológico e faz uso de medicações, pois é diagnosticada com transtorno de déficit de atenção.
Após prestar depoimento, a investigada foi liberada. Outras testemunhas próximas ao caso também estão sendo ouvidas pelas autoridades.